Incógnitas
E os incógnitos.
James Bond deu com a mão, as
incógnitas responderam alegremente, aquele bonitão, sempre mudando de face e de
altura, que disface!
O pessoal do FBI, que formava um
grupinho, estava espionando o pessoal da CIA com a ajuda do MI6 e do Mossad. Os
arapongas brasileiros, desprestigiados, tentavam chamar atenção grampeando-se
uns aos outros.
Joa Quim, o espião português mostrava
a carteirinha de espião para todo mundo, de tão alegre que estava por ter sido
admitido no serviço secreto.
As incógnitas não davam bola pra eles.
Tinha havido um engano, o cara que
pintara a faixa do Congresso tinha feito um A parecido com O, como pode isso?
Agora já estava feito, não tinha jeito, o lugar estava entupido de incógnitos,
quando deveria ser reservado exclusivamente às incógnitas.
Ô saco!
Os jornalistas matemáticos tinham sido
enviados para entrevistar, dado que estando afeitos a lidar com os matemáticos
e a Matemática tinham mais chance de conseguir vazar a barreira da
incompreensibilidade.
- Você é o X?
- Isso é uma incógnita.
- Um dos três você deve ser: X ou Y ou
Z.
- Pode ser que sim, pode ser que não.
Você tem 33,333... % de chance de acertar.
O jornalista ficou cabreiro, será que
havia uma mensagem oculta ali?
- A menos que você seja uma constante
infiltrada.
- Quem sabe?
- Se bem que constantes não mudam, vou
ficar observando, se você mudar é incógnita.
- Muitos usam R, S, T, W, V e outras
letras do final como incógnitas: aí está, você se enganou logo à partida, posso
ser uma delas. Sem falar que há toda uma famílias de X: Xi, por
exemplo, X1, como você vai saber qual é?
- Esse servicinho que peguei não está
parecendo mais tão fácil.
- Servicinho, você disse? Foi
contratado para apagar alguém?
- Não, não, fique tranqüilo.
- Tem mais, há Matrix a 100 mil equações
e 100 mil incógnitas e só damos informações a quem é do ramo. Quem é de fora
fica por fora mesmo.
- Não precisa ser rude.
Serra, quarta-feira,
18 de julho de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário