quinta-feira, 8 de novembro de 2018


Incógnitas

 

E os incógnitos.

James Bond deu com a mão, as incógnitas responderam alegremente, aquele bonitão, sempre mudando de face e de altura, que disface!

O pessoal do FBI, que formava um grupinho, estava espionando o pessoal da CIA com a ajuda do MI6 e do Mossad. Os arapongas brasileiros, desprestigiados, tentavam chamar atenção grampeando-se uns aos outros.

Joa Quim, o espião português mostrava a carteirinha de espião para todo mundo, de tão alegre que estava por ter sido admitido no serviço secreto.

As incógnitas não davam bola pra eles.

Tinha havido um engano, o cara que pintara a faixa do Congresso tinha feito um A parecido com O, como pode isso? Agora já estava feito, não tinha jeito, o lugar estava entupido de incógnitos, quando deveria ser reservado exclusivamente às incógnitas.

Ô saco!

Os jornalistas matemáticos tinham sido enviados para entrevistar, dado que estando afeitos a lidar com os matemáticos e a Matemática tinham mais chance de conseguir vazar a barreira da incompreensibilidade.

- Você é o X?

- Isso é uma incógnita.

- Um dos três você deve ser: X ou Y ou Z.

- Pode ser que sim, pode ser que não. Você tem 33,333... % de chance de acertar.

O jornalista ficou cabreiro, será que havia uma mensagem oculta ali?

- A menos que você seja uma constante infiltrada.

- Quem sabe?

- Se bem que constantes não mudam, vou ficar observando, se você mudar é incógnita.

- Muitos usam R, S, T, W, V e outras letras do final como incógnitas: aí está, você se enganou logo à partida, posso ser uma delas. Sem falar que há toda uma famílias de X: Xi, por exemplo, X1, como você vai saber qual é?

- Esse servicinho que peguei não está parecendo mais tão fácil.

- Servicinho, você disse? Foi contratado para apagar alguém?

- Não, não, fique tranqüilo.

- Tem mais, há Matrix a 100 mil equações e 100 mil incógnitas e só damos informações a quem é do ramo. Quem é de fora fica por fora mesmo.

- Não precisa ser rude.
Serra, quarta-feira, 18 de julho de 2012.

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