domingo, 4 de novembro de 2018


O Casamento de Teseu e Ariadne

 

Depois de Ariadne (aranha, em grego) ter fornecido o fio (e a inteligência) que permitiu a Teseu sair do labirinto depois de matar o Minotauro, eles fugiram e se estabeleceram.

A FIRMA DE ARIADNE E TESEU

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Teseu no trampo de pertubar a boa vida do mano-tauro.
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Aridane vai à praia e assusta os banhistas.
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Ariadne, esperta que só ela, colocou o nome dela na frente: Ariadne, Teseu & Filhos, pensando logo em compromissá-lo pelos 35 ou 45 anos seguintes, antes da aposentadoria, se a presidanta Tilma permitisse. Quis casa de véu e grinalda, pura, pura, a safadinha. Pegou Teseu com 25 e devolveu com 60 ou 70 anos todo estropiado.

Isso foi depois.

Ela tecia teias, como aranha que era, mas não era da política.

Antes eles tiveram de casar.

Esse casamento, em si mesmo, foi complicado PORQUE Ariadne não parava de tecer dia e noite: tapetes, cortinas, tricô, crochê, macramê, tramurdiduras completas.

Naturalmente, como não podia deixar de ser, a firma teles foi uma fábrica de tecidos e o CNAE (Código Nacional de Atividades Econômicas) era justamente esse. Começou como MEI (microempreendedor individual), sem necessidade de inscrição estadual, depois passou a microempresa, ME, que tem IE, porém não declara ao estado, declara à federação através do DAS/N, declaração anual do simples nacional. Nessa condição tiveram de contratar contador devidamente inscrito no CRC (Conselho Regional de Contadores). A seguir foi a vez da EPP (Empresa de Pequeno Porte). E foram progredindo sempre.

Isso foi depois.

Antes tiveram de casar.

E ESSE foi o problema, porque como Ariadne NUNCA parava de fiar, ela fiou de tudo e encheu a igreja de coisas de todo tipo.

Fiou para Teseu e os seus padrinhos, para ela e as madrinhas, a sogra e o sogro, para os deuses e deusas, para a mãe (a aranha negra; o pai era falecido, mercê da mãe), as crianças que levaram o rabo do vestido, o padre e o coroinha, os músicos, os anjos dos vitrais, os bancos e as cadeiras, os instrumentos do altar, os carros que ficaram de fora, as árvores e tudo mais num raio de 150 metros. Até as flores receberam algo.

Um mimo.

Teseu, num daqueles momentos de revelação súbita, de epifania, percebeu nitidamente que tinha caído em palpos de aranha.

Serra, terça-feira, 26 de junho de 2012.

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