Agulhata
A modalidade mais simples é um tubo,
como uma lata cilíndrica com duas tampas. Nelas existem círculos concêntricos,
mas não em ambas sucessivamente os mesmos raios, de modo a não se enroscarem as
agulhas quando atarraxadas as tampas. Numa há uma agulha perpendicular no
centro, na outra, não.
De modo que quando você tira uma tampa
as agulhas estão em seus encaixes, não se perdendo nunca se você tiver cuidado
de guardar após o uso. E ficam protegidas do ar úmido. Está certo que são de
aço, mas há a maresia que faz grudar sal, quando você está perto do mar.
Colocadas assim em reserva ninguém é
espetado, nem adulto nem criança. E você sempre tem certeza de onde estão todas
e cada uma. É fácil de guardar e de achar. Não são entortadas, nem se quebram.
A modalidade mais complicada permite
um segundo e um terceiro círculo de agulhas, contrapostos pelo centro do
cilindro, que tem altura maior e permite guardar o dobro de agulhas, numa
variedade muito maior, inclusive as de máquinas de costuras.
Quando fui à República Tcheca trouxe
um monte.
Fiz a festa com a mulherada, os
olhinhos delas chegavam a brilhar quando eu dava um conjunto, ficavam marejados
de felicidade. Puxa! Infelizmente, acabaram. Tentei importar, mas não vendiam
direto da fábrica pouca quantidade, só quantidade maior tipo 200, 500, nem me
lembro mais, era muito para mim.
Aqui no ES nunca vi.
Perguntei aos importadores, eles não
tinham interesse, não achavam que fosse ter saída, embora eu explicasse. Diziam
que as mulheres tinham aceitado porque era de graça, era dado, não era
comprado. Que o preço com os impostos tiraria o atrativo, que perderia a graça
logo e ficaria encalhado.
Como?
É por isso que esse país não vai pra
frente!
Falta iniciativa.
Aposto que se fosse nos EUA logo
estaria sendo oferecido em cada esquina. Droga, droga, droga, perdi minha
chance de fazer um agrado às mulheres. Aqui tudo é difícil.
Serra, sexta-feira, 20 de julho de
2012.
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