Prábola
Praça-bola.
Era redonda, circular na base e
hemisférica para cima. Entrava-se pelo norte e sul, leste e oeste. Do lado de
dentro as quatro ruas separavam arcos de várias circunferências concêntricas,
com ruas circulares. Tratava de tudo de bola, daquela de futebol às de ping
pong, de basquete a de futebol americano, toda espécie dela.
Não havia dúvida, se era redonda tinha
lá. Virou dito popular: “Vá à redonda”. Qualquer coisa que você quisesse, tinha
lá. Livros sobre esportes, mas não só. Indicavam as fábricas, os que tinham
participado dos esportes e praticado, os que teorizaram, as empresas.
E “prá-bola” dava ideia de “para a
bola”, a favor dela. De fato, aquela gente vivia para isso.
DICIONÁRIENCICLOPÉDICO
DA BOLA
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Centenas e centenas de lojas.
E havia as palestras ao vivo, bem como
documentários e todo tipo de filme que era passado para os freqüentadores. Quem
nunca foi lá não tem nem ideia da quantidade de gente que gira em torno das
bolas. É muito mesmo, você precisa ir lá, fica em Carapina, na Serra, perto do
Parque Estadual Luciano Varejão.
Praça de alimentação, é lógico,
cinemas, era um shopping completo do mais alto significado. Vídeo-conferências,
jogadores que eram convidados, técnicos, sala da fama, olheiros dos times,
empresas patrocinantes, do lado de fora um estádio poliesportivo com todas as
modalidades, até uma escola esportiva, biblioteca e museu, coisa fina.
O Governo geral é coisa ruim por
natureza (sou anarco-comunista), mas por vezes faz coisas boas, uma aqui e
outra acolá, acho que há gente boa em toda parte.
Gostei, voltei, fiquei freguês, até
que tive de mudar de cidade por razões de serviço. Sempre que vou ao ES vou lá.
Uma beleza.
Dessa vez acertaram.
Serra, quinta-feira, 14 de junho de
2012.
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