Os Transeuntes do
TRANSCOL
Agradecendo à memória de nosso amigo
GHB.
|
Mister James, da Rádio Universitária
da UFES, falou essa no ar durante irradiação. O TRANSCOL é o Transporte
Coletivo do ES. O então diretor da RUF, qualquer que seja a sigla da rádio, despediu-o,
porém, a audiência dela caiu de 0,0 % (ainda mensurável, indo-se mais a fundo)
para traço, insignificante, porisso teve de re-admiti-lo.
TRANSCOLES
A
promessa...
|
... e a
realidade.
|
|
O novo serviço do centro de Vitória à Prainha em Vila Idosa
(é novo nome da cidade, não pode mais falar “velha”).
|
Com base nisso nosso amigo
gozador-carioca Carlos Alberto Mariano Freitas fez pesquisa de todas as
batatadas ditas por artistas, jogadores, técnicos, políticos e uma carrada de
gente, com fotos e ocasiões. Para não ficar só nisso, consultou os professores
e as professoras de português da NUFES e de várias escolas isoladas.
Calhamaço.
Embora eu não tenha nem de longe
inveja de nem uma pessoa que seja, tem um tipo de obra que eu gostaria de ter
escrito, por respeito ao autor. Livros de mil e até duas mil ou mais páginas em
vários volumes. Você não sabe, mas cada página escrita consome 40 minutos do
fulano ou da fulana e mil páginas custam (pois tempo é dinheiro) 40 mil
minutos. Vamos colocar 42 mil para, dividindo por 60, ficarem 700 horas; vamos
dizer 800 (já que é fictício o exemplo) para, dividindo por oito horas diárias
dar 100 dias. Como um ano tem 104 dias de sábados e domingos, mais 11 feriados,
isso dá 365/125 = 3/1 ou 240 para 125, grosso modo 2/3: multiplique por três e
divida por dois para obter (100 x 3)/2 = 150 dias corridos, quase metade de um
ano de atenção profunda. Não admira mesmo nada que as famílias de escritores
sofram com o empenho deles e eles agradeçam ao fim da tarefa.
Pois bem, o Carlos, o Carlinhos, o
Cacá fez um trabalho minucioso, bonito mesmo. Cuidadoso, referenciado, com
notas de rodapé, índice remissivo, endereços dos batateiros e tudo isso. Fiquei
pasmado de que perto de mim, de nós todos, houvesse pessoa com essa
competência, aplaudi, disse para ele.
Não sei como, acabou vazando.
Carlos começou a receber telefonemas com
ameaças, ligações obscenas foram feitas para sua esposa, também abordada na
rua, e alguém cercou as crianças na escola, ele ficou alucinado. Fugiu
rapidamente para o Rio. Mesmo assim continuaram com a patifaria. Ele puxou o
carro, foi para a Finlândia, onde vivia uma irmã com o marido e os filhos,
escafedeu-se, nem deixou endereço.
Fico pensando em como são as coisas no
Brasil: se algo assim fica vedado ao nosso conhecimento, quanto mais as
sacanagens dos governantes do Executivo, dos políticos do Legislativo, dos
juízes do Judiciário, dos empresários e de todo rico no Brasil. É um iceberg de
imundícies que a gente nem sabe. Estamos navegando num mar de m* e nem nos
damos conta.
Serra, quinta-feira, 14 de junho de
2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário