Santa Casa
Começou com um devoto de Pancas, ES,
que decidiu montar numa de suas casas uma explanação da vida do santo padroeiro
de sua devoção, São Lucas. Foi recolhendo material como livros, objetos,
curiosidades, biografias do apóstolo tanto em português quanto em outras
línguas. As pessoas iam visitar, acabaram indo muitas, ele ampliou a casa, fez
um sobrado.
Alguém de Montanha copiou, depois foi
Barra de São Francisco, a seguir Nova Venécia, São Mateus e foi espalhando.
Por toda parte iam instalando casas,
sempre havia quem doasse, de modo que a Igreja se interessou em favorecer o
movimento, colocando-se à disposição para reunir material. Os grandes recursos
mundiais da Igreja foram postos à disposição e o movimento se espalhou para
outros estados, de início lentamente, depois de modo acelerado. As pessoas
viram que os santos tinham devotos em todas as partes do mundo.
SANTOS
CATÓLICOS
(existem os ortodoxos e os anglicanos)
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As pessoas se dedicaram.
O fato é que os santos foram corajosos
onde somos covardes, doaram suas vidas, o que não faríamos.
LEI
DE MURICI (cada
um cuida de si)
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“Cada um cuida de si”, exceto os
poucos que cuidam dos outros.
CADA
UM GUARDA MAIS O SEU SEGREDO
Na Hora Do Almoço
Belchior
No centro da sala, diante da mesa No fundo do prato comida e tristeza A gente se olha, se toca e se cala E se desentende no instante em que fala Medo, medo, medo, medo, medo, medo Cada um guarda mais o seu segredo, A sua mão fechada, a sua boca aberta, O seu peito deserto, a sua mão parada, Lacrada, selada, molhada de medo Pai na cabeceira, é hora do almoço Minha mãe me chama, é hora do almoço Minha irmã mais nova, negra cabeleira Minha avó reclama, é hora do almoço Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza Deixemos de coisa, cuidemos da vida Pois se não chega a morte ou coisa parecida Que nos arrasta moço sem termos visto a vida Ou coisa parecida, ou coisa parecida, Ou coisa parecida No centro da sala, diante da mesa No fundo do prato comida e tristeza A gente se olha, se toca e se cala E se desentende no instante em que fala Medo, medo, medo, medo, medo, medo Cada um guarda mais o seu segredo, A sua mão fechada, a sua boca aberta, O seu peito deserto, a sua mão parada, Lacrada, selada, molhada de medo Pai na cabeceira, é hora do almoço Minha mãe me chama, é hora do almoço Minha irmã mais nova, negra cabeleira Minha avó reclama, é hora do almoço Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza Deixemos de coisa, cuidemos da vida Pois se não chega a morte ou coisa parecida Que nos arrasta moço sem termos visto a vida Ou coisa parecida, ou coisa parecida, Ou coisa parecida |
Veneramos os santos porque vemos neles
coragens que não temos.
MARTÍRIOS
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Onde somos covardes eles foram
corajosos. Olhamos para eles para nos vermos melhor, seguimos seus exemplos
achando que temos conserto. Nem tudo está perdido para a humanidade, nem todos
somos ruins, perversos, irredimidos: se seguirmos suas trilhas (e as dos
iluminados) chegaremos a algum lugar melhor.
Fizeram uma enciclopédia eletrônica de
todos os santos e apontaram nela ano após ano os lugares com santas casas, como
vieram a ser chamadas; e o Brasil tinha sido precursor em alguma coisa, em particular
o ES, mais ainda o noroeste do estado. Que coisa gratificante! E o primeiro de
todos a fazer foi chamado perante o papa, onde foi recebido com honras. Veja só
o que a simplicidade e a devoção podem fazer!
Serra, quarta-feira, 20 de junho de
2012.
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