terça-feira, 6 de novembro de 2018


A Conversão dos Infiéis

 

New York virou Nova Iorque, mas Los Angeles não se tornou Os Anjos. New Jersey tanto fica assim quanto é falada Nova Jersey. Boston não ficou Bostão, por razões óbvias, mas Otawa passou a Otava (ô tava na peneira...) para alguns. Antigamente se escrevia Suissa para a Suíça de agora e London lemos como Londres.

A regra geral é que tudo que foi escrito até quando os portugueses dominavam o horizonte cultural brasileiro foi grafado em português, em razão da insistência deles no aportuguesamento das palavras. Como disse Jurandyr Czaczkes (Juca Chaves, que é judeu e provavelmente tem raiva de Portugal por os judeus terem sido expulsos de lá), os portugueses têm essa mania de converter tudo.

CONVERSÕES PORTUGUESAS

Juca Chaves
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/Juca_Chaves.jpg/200px-Juca_Chaves.jpg
Jurandyr Czaczkes, mais conhecido como Juca Chaves (Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1938), é um compositor, músico e humorista brasileiro.
Goodyear (pneus)
Ano Bom
Firestone (pneus)
Fogo na Pedra
Pall Mall (cigarros)
Caralho Maldito

Os portugueses realmente convertiam tudo, pois a língua é deles, foram eles que inventaram e têm toda razão em adaptar. Isso não faz sentido para nós, pois estamos na grande luta por aptidão e sobrevivência com o mundo. Mais recentemente os portugueses deixaram de aportuguesar todas as palavras estrangeiras (e não somente as inglesas).

Esse sujeito de que estou falando disse que está elaborando roteiro em que REALMENTE todas as palavras que usamos do inglês – em tal mundo alternativo – foram convertidas ao português, planetariamente dominante; e que os países todos do mundo, submetidos àquele Portugal vencedor e campeão a partir de 1350, quando dos Achamentos (quando eles chegaram à China, levando-lhe o cristianismo, dominando-a e, com aquele suporte todo, ao resto do mundo) foram convertidos não somente ao Cristianismo como também ao Português em seu império global português-cristão.

O resultado foi que a língua portuguesa foi ensinada aos povos; e os infiéis todos convertidos, inclusive os do incipiente protestantismo-pagão.

Então, nesse mundo alternativo todas as palavras do Atlas estão em português, como de fato TODAS as palavras, restando poucos infiéis no México, na Noruega, no interior da África e nas profundezas da Sibéria.

O MUNDO PORTUGUÊS (isso apareceu numa série de FC ainda está por ser filmada) – L. Sprague de Camp é genial (nesses livros o Brasil descobriu as viagens espaciais e a língua portuguesa é dominante)

Descrição: http://www.thecimmerian.com/wp-content/uploads/2007/11/de_camp_in_viking_helmet.jpg
Descrição: http://omelete.uol.com.br/imagens/quadrinhos/news/sprague_de_camp/lspraguedecamp.jpg
1907-2000, um dos grandes
Descrição: http://www.cienciamao.usp.br/dados/fic/_osdentesdoinspetor.jpg?120621112659
Descrição: http://www.cienciamao.usp.br/dados/fic/_osdentesdoinspetor.1.jpg?120621112700

A CONVERSÃO DOS INFIÉIS

Agnus Sei
João Bosco/Aldir Blanc
 
Faces sob o sol, os olhos na cruz
Os heróis do bem prosseguem na brisa na manhã
Vão levar ao reino dos minaretes a paz na ponta dos aríetes
A conversão para os infiéis

Para trás ficou a marca da cruz
Na fumaça negra vinda na brisa da manhã
Ah, como é difícil tornar-se herói
Só quem tentou sabe como dói vencer Satã só com orações
Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê anda, ê ora, ê manda, ê mata, responderei não!

Dominus dominium juros além
Todos esses anos agnus sei que sou também
Mas ovelha negra me desgarrei, o meu pastor não sabe que eu sei
Da arma oculta na sua mão

Meu profano amor eu prefiro assim
À nudez sem véus diante da Santa Inquisição
Ah, o tribunal não recordará dos fugitivos de Shangri-Lá
O tempo vence toda a ilusão
Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê andá pa Catarandá que Deus tudo vê
Ê anda, ê ora, ê manda, ê mata, responderei não!

Serra, quinta-feira, 12 de julho de 2012.

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