Soljenitsyn
Quando ele publicou seu livro, Arquipélago
Gulag, comprei e não li, fiquei com raiva dele porque pensei que minava
a boa obra do socialismo – acreditei nas propagandas dos pseudo-comunistas e
pseudo-socialistas safados e mentirosos, acreditei nos petistas inicialmente.
Como fui sempre a favor dos trabalhadores e dos operários, tudo que se colocava
em oposição a eles eu detestava, não podia imaginar que mentiam aqueles lá.
ELE E OS LIVROS DELE (só muito
recentemente, num livro d’outro autor fui atinar que era boa pessoa, inclusive
religiosa)
Alexander Soljenítsin
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Alexander Issaiévich Soljenítsin (em russo: Александр Исаевич Солженицын; Kislovodsk, 11 de Dezembro de 1918 — Moscovo, 3 de Agosto de 2008) foi um romancista, dramaturgo e historiador russo cujas obras consciencializaram o mundo quanto
aos gulags, sistema de campos de trabalhos forçados existente na antiga União
Soviética. Recebeu o Nobel
de Literatura de 1970.[1] A sua postura crítica sobre o que considerava
o esmagamento da liberdade individual pelo Estado omnipresente e
totalitário implicou a expulsão do
autor do país natal e a retirada da respectiva nacionalidade em 1974.[2]
Foi um gigante da história russa e um enorme escritor. Era na
juventude um marxista-leninista convicto. Mas se mostrou nacionalista e monarquista, queria restaurar a Mãe Rússia em todo o seu
esplendor mítico, considerava a democracia uma péssima forma de governo;
admirava Franco e Pinochet e só em Putin julgou ter encontrado um chefe à altura para
governar a Rússia.[3]
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Contudo, não gosto nem um pouco de Franco ou
de Pinochet, ou de Putin, detesto-os todos.
Deveriam reeditar os livros dele, existiram
muitos arquipélagos Gulag no mundo; e nós, brasileiros, precisamos aprender
sobre resistência com quem a viveu, não apenas ele.
Errei, acreditei nos maus que se diziam bons.
Acreditei também em Sarney, acredito em todo
mundo.
Fiquei em débito.
Vitória, quarta-feira, 15 de junho de 2016.
GAVA.
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