Frank no Jardim
Frankenstein vai ao jardim de infância
para aprender socialização. É aquela festa: o garoto não é bonito, mas no
espírito cristão todo mundo faz o máximo para tratá-lo com igualdade e
deferência, colocando-o junto com as crianças de mesma idade que, ao vê-lo,
começam a chorar. Vamos e venhamos ele é feio pra danar.
PROFESSORAS (acudindo) – calma,
crianças, Franquinho é um doce de criança.
Frank dá um tapa na cara de um garoto.
O garoto põe-se a chorar.
PROFESSORA 1 (seguindo a ótica de Montessori
e outros) – Frank, meu filho, não pode bater nos amiguinhos.
Frank tasca uma mordida na professora.
Ela retira a mão, rápida, e sopra.
PROFESSORA 2 – Marluce, você não sabe
lidar com as crianças.
Aproxima-se, Frank dá um soco no
estômago dela, ela se dobra. Frank arranca a perna de um garoto maior, que se
esvai em sangue.
MARLUCE (apavorada, traumatizada, em
pânico) – Frank, querido, você não pode fazer isso!
FRANK (grunhindo) – como é que eu vou
crescer? Papai falou que só assim, braços e pernas maiores.
A professora 2 desmaia, chegam os
paramédicos e levam o menino, arrancando a muito custo a perna das mãos de
Frank, que derruba dois antes de ser posto na camisa de força. As crianças
fugiram todas, a polícia chega com o Dr. Frankenstein para tentar acalmar
Frank.
Serra, domingo, 01 de
novembro de 2009.
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