sexta-feira, 11 de agosto de 2017


Engenheiro Criminalista

 

                            Estando no atualmente chamado Conselho de Sentença (atrás dos quais os juízes agora mais que antes se escondem; antigamente o Tribunal do Júri) de Vitória andei comentando com Gabriel (que faz engenharia mecânica na UFES) sobre a incapacidade dos policiais de produzirem investigações detalhadas e minuciosas, bem expostas, lógicas, coerentes, determinadas nos detalhes, conscientes no propósito, facilitadoras para os jurados e o público espectador, os juízes, os advogados de defesa, os promotores (agora ministério público) e a imprensa.

                            Gabriel foi em cima da pinta e sugeriu o nome, muito preciso.

                            AS TAREFAS DO EC

1.       Quanto ao tempo, RITMOS DAS PESSOAS ENVOLVIDAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas):

                                                                                                             i.      Das partes ofensoras;

                                                                                                            ii.      Das partes ofendidas;

2.       Quanto ao espaço, O AMBIENTE ONDE SE DEU O FATO: (lote, quadra, bairro) (cidade/município, estado, nação e mundo):

·       Ar (correntes dominantes);

·       Água;

·       Terra/solo (pontos LAL – latitude, altitude, longitude -, linhas de nível, planos, espaço);

·       Fogo/energia;

·       Vida presente;

·       Vida-racional interferente;

3.      Quanto às velocidades (absolutas e relativas, de umas pessoas em relação às outras).

Muitas outras tarefas, que serão pensadas com o tempo.

Depois, seria preciso também um PSICÓLOGO CRIMINALISTA (para verificar e atestar as relações das figuras ou psicanálises, os objetivos ou psico-sínteses, as produções ou economias, as organizações ou sociologias, os espaçotempos ou geo-histórias).

Do jeito primário como é feito não passa de uma paródia, pândega, caçoada, zombaria para com o povo e as elites e, claro, muito mais com os réus e suas famílias. Não passa de patifaria das burguesias. Não é verdadeiramente a “ampla defesa” lacrada na constituição federal. E enquanto não existirem pelo menos aqueles dois profissionais continuará sendo assim.

Vitória, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004.

Drogas de Caça e de Coleta

 

                            Já vimos que as mulheres inventaram as drogas que derivaram das suas experiências com plantios e criação de animais (pois estes fertilizavam aqueles); deixar frutas e legumes estragarem levou naturalmente à fermentação e à descoberta, e elas usaram certamente isso com fartura ou abundância para dilatar a libido dos homens, visando a ampliação da frequência e do número de depósitos de esperma e, portanto, aumento da possibilidade de terem filhos e futuro. Com certeza as drogas desinibidoras, desacanhadoras (porque os homens eram tremendamente amedrontados do poder incompreensível do coletivo de mulheres e da mãe dominante e seu grupinho), desembaraçadoras, descontraidoras, dilatadoras, ampliadoras do humor e do amor. Usaram e abusaram na administração A ELES, porque cedo devem ter descoberto que elas mesmas tomarem provocava mal-formação dos fetos.

                            Entrementes, os homens devem ter descoberto OUTRAS DROGAS, que não eram essas que expandiam o espírito e, por conseguinte, tornavam-nos desatentos. Pelo contrário, na caça era preciso CONCENTRAR, focar o corpomente no ESTADO-DE-CAÇA. Assim, seriam drogas inibidoras.

                            A INIBIÇÃO DO CORPOMENTE MASCULINO

·       Para suportar a dor (mordidas, galhos raspando, espinhos, etc.);

·       Para prosseguir caminhando longas horas, dias e até semanas em busca da caça;

·       Para fugir do predador dando corridas rápidas e intensas (de fundo, como diríamos hoje);

·       Para aguentar pesos enormes, desproporcionais da compleição;

·       Para ficar atento, focado num ponto durante horas a fio;

·       Outras urgências.

Como administrar?

OS MODOS ANTIGOS DE ADMINISTRAÇÃO

·       Mastigando folhas (como os índios peruanos ainda mastigam folha de coca; os chás entraram aqui) ou grãos (o café deve ter sido uma dessas drogas) ou galhos;

·       Fazendo cocção (o que é muito difícil na caçada; só daria certo de noite ou ao amanhecer, antes da saída);

·       Passando na pele uma pasta ou folha esmagada ou sumo;

·       Passando nas cartilagens (ou nas peles sensíveis, inclusiva na glande);

·       Outros.

E quais seriam tais drogas?

Gabriel sugeriu que a efedrina.

A EFEDRINA (mas onde ela estaria na Antiguidade?)

O elemento químico efedrina é um alcalóide derivado de um arbusto da família Ephedraceae. Efedrina está relacionada de perto à metanfetamina e outras fenetilaminas. Efedrina é um estimulante que age no sistema nervoso central e é amplamente usada como descongestionante nasal e no tratamento de asma. Efedrina é encontrada em muitos produtos populares para emagrecer, alguns dos quais a FDA (agência norte-americana que regula medicamentos e alimentos) acredita que podem ser perigosos.

Tudo isso precisará ser repensado.

Em todo caso, como temos visto no Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens), eles não eram tolos, nem de longe, de modo que no tempo longo e no espaço amplo devem ter feito muitas descobertas, que passaram de geração a geração.

Ampliar as respostas de adrenalina era fundamental.

Tudo isso, em conjunto, levou a dois blocos.

OS BLOCOS SAÍAM SEPARADOS

·       Bloco das drogas de caça;

·       Bloco das drogas de coleta.

Só nos tempos geo-históricos eles se juntaram (como tantas coisas) e provocaram confusão. Os homens assentados nas pós-cavernas e nas pré-cidades, mas com mais constância nas cidades depois da invenção feminina das agropecuária ancestral, passaram a beber cerveja e destilados, e a consumir drogas (inclusive cogumelos), o que não faziam antes, porque eram o instrumento de fertilização usado pelas mulheres. E as mulheres, em nossos tempos, estão tomando as drogas masculinas, para o quê não foram preparadas. Tanto num caso quanto no outro os corpos e as mentes não preparadas sofrerão. No caso das mulheres, mais, porque os homens tomam as drogas das mulheres há pelo menos 10 mil anos, ao passo que só agora com isso de academias elas estão usando as drogas masculinas, inclusive a recentíssima testosterona sintetizada. O resultado será trágico, claro; muito daninho para seus corpos e mentes.

Vitória, sábado, 04 de dezembro de 2004.

Das Pós-Cavernas às Pós-Cidades

 

                            Vimos que as cavernas borbulharam para fora a partir das bolhas-quarto que foram criadas dentro; na medida em que a Caverna geral não comportou mais as separações internas estas migraram para fora como bolhas separadas que foram se somando – toda aquela seqüência já exposta.

                            Essas bolhas se separaram das cavernas e foram se distanciando, ainda como bolhas; certamente terem se separado das cavernas criou a idéia de separação. São sempre os pobres que vão morar mais longe, civilizando a fronteiras; depois que o fazem os ricos vão os pobres vão então para ainda mais longe e assim sucessivamente, como vemos acontecer. Os ricos ficavam nas cavernas, os pobres fora; na medida em que do lado de fora ficou melhor que do lado de dentro os ricos se apoderaram das bolhas e mandaram os pobres para mais longe, onde eles foram novamente civilizar.

                            Agora já vemos uma borbulha distante, todas as bolhas ainda juntas; foi preciso que, como já vimos, surgisse uma primeira rua, pois ninguém tinha idéia de separação, de haver entre duas bolhas um vazio, que era assustador. Quando a primeira rua foi inventada isso anunciou o futuro das pré-cidades. Surgida a primeira rua muitas outras se seguiram, embora distantes no tempo, pois a idéia de segregação era revoltante. Novamente, deve ter surgido como uma heterodoxia dos pobres, uma heresia dos despossuídos, sendo copiada e expandida depois pelos ricos. Precisamos ver isso mais de perto e melhor, raciocinar mais, olhar bem de pertinho mesmo. Como essas pós-cavernas eram feitas de barro jogado (como nas casas de ramos e barro até hoje na África e em toda parte) em rede de ramos, tudo isso deve ter desaparecido, exceto se por felicidade algo restou. Procurar seria importante, encontrar fundamental. Se por acaso e por suprema alegria encontrássemos esse barro moldado certamente também acharíamos as ruas.

                            Vitória, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004.

Civilizações Tão Grandes Quanto Seus Problemas e a China

 

                            Vimos no texto anterior neste Livro 103 O Beco Sem Saída do Superestado Confúcio que a fixação nas elites impede que grandes problemas sejam resolvidos.

                            OS GRANDES PROBLEMAS NA PSICOLOGIA

·       GP (é um grande prêmio, mesmo) de psicanálise ou de conformação recíproca das figuras (vestimentas e tantos outros índices);

·       GP de psico-síntese ou de harmonização de objetivos;

·       GP das produções ou economias (pipocam os conflitos a resolver entre os tipos de agropecuárias/extrativismos, de indústrias, de comércios, de serviços e de bancos);

·       GP das organizações ou sociologias (as lutas pelas precedências quando a poder, projeção, recursos usáveis em projetos, etc.);

·       GP dos espaçotempos ou geo-histórias (quais dentre todas as flechas GH são mais úteis e, portanto, MAIS realizáveis agoraqui?).

E assim por diante em todas as chaves e bandeiras do modelo.

Quando a China emergiu do superestado confuciano (em 1949 com a Revolução e em 1986 com o Caminho de Duas Vias), deparou-se com as possibilidades de elites (criadores) supertreinadas (os) serem chamadas a resolver GRANDES problemas de (agora) 1,3 bilhão de indivíduos, com todos aqueles choques implícitos, e é porisso que DENTRE TODAS AS CIVILIZAÇÕES atuais na Terra a China tem o MAIOR POTENCIAL de desenvolvimento, pois pega tudo do Confúcio das elites (que ensina como superorganizar as elites) e do Cristo do povo (que ensina como ligar povo e elites para serviço mútuo, ou seja, para comensalidade). Não basta ter um grande povo, ou um povo pobre, isso nada garante; é preciso que haja ELITES EMPENHADAS em solucionar os grandes problemas gerados. Não basta ter grandes territórios, territórios dominantemente desérticos (de areia, de gelo, de água, etc.), é fundamental que a combinação se dê. Em primeiro lugar houve a visão maoísta da negação da unilateralidade de Confúcio, depois a visão de Deng Xiao Ping do Caminho de Duas Vias, a união de Confúcio e Cristo. Torna-se bem evidente que as civilizações são tão grandes quanto seus PROBLEMAS RESOLVIDOS, pois não basta tê-los, é preciso querer enfrentá-los. Todo mundo que teve e não enfrentou está morto.

Vitória, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004.

As Praias do Mar Oriental

 

                            Já vimos que as praias do Oceano Índico, para os lados da África do leste ou oriental, são importantíssimas, porque ali pela primeira vez e em grande susto nossos ancestrais esbarraram com o mar, algo sem fim, que deve tê-los apavorado, mas lhes deu também uma motivação que durou milhares de anos.

                            Então, estudar e pesquisar essas praias tanto nas eras glaciais quanto nas interglaciais, é importantíssimos, é fundamental.

                            TODO O MAR ORIENTAL


                            Para as ampliações totais vá ver mapas grandes. Aqui coloco apenas algumas. Toda a costa leste é importante, mas aquela diante do Lago Vitória é supremamente importante, porque para ali, logicamente, se dirigiram os nossos parentes, e ali tiveram os primeiros contatos e as primeiras impressões, inventaram os primeiros instrumentos, fizeram as primeiras construções, pescaram os primeiros peixes (depois de terem aprendido no Lago Vitória), morreram os primeiros aventureiros desafiadores, viveram o novo aprendizado da água-do-mar (completamente novo em relação à água doce, pois esta quase não tem ondas e com certeza não tem marés) e tiveram tantos problemas que levaram a tantas soluções. O Mar Oriental é um poço de aprendizado para os paleontólogos, os antropólogos e os arqueólogos, para não falar dos geólogos.

                            Vitória, sábado, 04 de dezembro de 2004.

                           

                            AMPLIAÇÕES (desde o Corno da África)


As Pós-Cavernas e as Pré-Cidades do Lago Vitória

 

                            Se nossos ancestrais primatas foram para a Forquilha há uns 50 milhões de anos atrás e desde então se aproximaram do Lago Vitória, se os hominídeos estiveram ali cada vez mais presentes e se expandiram para os demais lagos; se os neandertais fizeram festa ali, então com certeza aquele lugar, uma faixa em torno do lago atual (mas variando muito, porque eram faixas em torno das sucessivas versões do páleo-lago) esteve superocupada; e com mais certeza ainda saíram das cavernas para formar as primeiras pós-cavernas e as primeiras pré-cidades ainda ali. Devem ter sido milhares e milhares, verdadeiro enxame, primeiro burburinho ancestral.

                            Devemos até esperar que a superpopulação das pós-cavernas e das pré-cidades tenha empurrado alguns para dentro d’água, disso surgindo as palafitas que foram difundidas além na Europa. Ali devem ter aparecido as primeiras ruas e toda sua descendência inicial. De fato, deve ter ocorrido ali a primeira poluição da água, com as pessoas defecando dentro dela diretamente das casas nas palafitas. Deve ter ficado uma porcaria só, o contrário da beleza que tinha sido antes (e foi depois, quando o lago esqueceu a presença humana). Pode ser que o LV tenha se tornado sinônimo de imundície e superpopulação. É natural pensar que se as margens estiveram todas ocupadas na linha da água e para trás a perder de vista, só sobrava o lado de dentro para os pobres. Porque as outras opções para o surgimento das palafitas seriam os instáveis rios e o mar perigosíssimo, que assustava a todos. Não, tem de ser mesmo o lago. E o LV, estando no centro da Forquilha, sendo o primeiro e maior deles, deve ter sido muito concorrido. Como as construções eram instáveis muitas terão desabado e sido soterradas no lodo, podendo ser descobertas pelas pesquisas. Muito trabalho pela frente, o que ajudará também a descobrir as páleo-margens, dado que os esqueletos de humanos e de animais, quando não os instrumentos, as marcarão; e assim, indiretamente, saberemos como o lago se comportou nas eras e como as eras se comportaram no lago. Acho útil fotografar de cima e pesquisar até 100 km além das margens atuais.

                            Vitória, sábado, 04 de dezembro de 2004.

As Guerras dos Homens e as Mães Dominantes que se Interpunham

 

                            Está no Sul, a cargo da superintendência fiscal (agora gerência – estão sempre mudando de nome) de Cachoeiro de Itapemirim, o posto fiscal José do Carmo, na divisa com o Rio de Janeiro; lá há um chefe de posto e quatro chefes de equipe, uma das quais é a SP, que foi empurrada pelas chefias para vigiar e punir os colegas interessados em corrupção. De fato, ela é uma mãe dominante, pequenina e dominante - a que todas as mulheres da região vão levar as notícias - e que controla os homens. Devemos esperar do Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens) que as mães dominantes tivessem ao mesmo tempo o amor e o ódio de todos e cada um, especialmente dos homens; ódio dos homens porque estes não suportam o domínio e a muito custo o toleram socialmente, obedecendo apenas ao MACHO-ALFA PROVADO, o chefe de guerra, o herói dos homens. Ora, empurrada pelas chefias dela a SP meteu-se inadvertidamente numa guerra de homens, que é fenômeno completamente daninho em que se joga em muitos níveis e que as mulheres não compreendem (assim como os homens nem de longe entendem as guerras das mulheres, também acontecendo em muitos patamares).

                            Fica cada vez mais parecendo que a Caverna geral era muitíssimo complicada e que as mães dominantes e os pais dominantes (os chefes de guerra) tratavam com seus subordinados e entre si em elevadíssimos planos, controlando muitos e muitos cordões ao mesmo tempo, cada qual no seu conjunto, dialogando entre si apenas o macho-alfa e a fêmea-alfa, sem interposição dos demais; eram duas tribos dentro de uma só, assim como o corpomente homulher é composto de dois corpos e duas mentes. Não era de modo algum simplório como tentaram nos fazer crer. Os jogos sempre foram terrivelmente complexos. O macho-alfa não se metia na guerra das mulheres e a fêmea-alfa não se interpunha na guerra dos homens. Quando acontecia podiam ser mortos sem nem perceberem o que estavam acontecendo. Devemos esperar que o MA e a FA tivessem algum gênero de defesa, mas isso nem sempre os fazia escapar; eventualmente eram mortos e substituídos por alguém mais esperto (e distante das respectivas áreas de disputa).
                            Vitória, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004.