sexta-feira, 11 de agosto de 2017


As Guerras dos Homens e as Mães Dominantes que se Interpunham

 

                            Está no Sul, a cargo da superintendência fiscal (agora gerência – estão sempre mudando de nome) de Cachoeiro de Itapemirim, o posto fiscal José do Carmo, na divisa com o Rio de Janeiro; lá há um chefe de posto e quatro chefes de equipe, uma das quais é a SP, que foi empurrada pelas chefias para vigiar e punir os colegas interessados em corrupção. De fato, ela é uma mãe dominante, pequenina e dominante - a que todas as mulheres da região vão levar as notícias - e que controla os homens. Devemos esperar do Modelo da Caverna (para a Expansão dos Sapiens) que as mães dominantes tivessem ao mesmo tempo o amor e o ódio de todos e cada um, especialmente dos homens; ódio dos homens porque estes não suportam o domínio e a muito custo o toleram socialmente, obedecendo apenas ao MACHO-ALFA PROVADO, o chefe de guerra, o herói dos homens. Ora, empurrada pelas chefias dela a SP meteu-se inadvertidamente numa guerra de homens, que é fenômeno completamente daninho em que se joga em muitos níveis e que as mulheres não compreendem (assim como os homens nem de longe entendem as guerras das mulheres, também acontecendo em muitos patamares).

                            Fica cada vez mais parecendo que a Caverna geral era muitíssimo complicada e que as mães dominantes e os pais dominantes (os chefes de guerra) tratavam com seus subordinados e entre si em elevadíssimos planos, controlando muitos e muitos cordões ao mesmo tempo, cada qual no seu conjunto, dialogando entre si apenas o macho-alfa e a fêmea-alfa, sem interposição dos demais; eram duas tribos dentro de uma só, assim como o corpomente homulher é composto de dois corpos e duas mentes. Não era de modo algum simplório como tentaram nos fazer crer. Os jogos sempre foram terrivelmente complexos. O macho-alfa não se metia na guerra das mulheres e a fêmea-alfa não se interpunha na guerra dos homens. Quando acontecia podiam ser mortos sem nem perceberem o que estavam acontecendo. Devemos esperar que o MA e a FA tivessem algum gênero de defesa, mas isso nem sempre os fazia escapar; eventualmente eram mortos e substituídos por alguém mais esperto (e distante das respectivas áreas de disputa).
                            Vitória, sexta-feira, 10 de dezembro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário