Descartes e Einstein
Richard H. Henneman,
em seu livro, O Que É Psicologia,
17ª. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1989 (sobre original americano de
1966), diz na página 9:
“Os fenômenos
mentais, no outro extremo, não têm extensão no espaço (não tem massa) e nem
localização. As principais atividades da mente são recordar, raciocinar,
conhecer e querer. Descartes afirmava que algumas atividades eram produtos
resultantes da interação da mente com seu correspondente material, o corpo.
Incluem elas a sensação, a imaginação e o instinto (impulsos para a ação) ”.
Descartes (René,
francês, viveu de 1596 a 1650, apenas 54 anos entre datas – meio de vida em
1623), enquanto Einstein (Albert, judeu alemão, viveu de 1879 a 1955, 76 anos
entre datas, meio de vida em 1917), distância entre os meios de vida de 294
anos, quase três séculos.
O que Descartes
separou Einstein juntou novamente.
Pois, veja, se E =
mc2 se segue que TUDO TEM MASSA, pois tudo tem energia, e a energia
Descartes não negava. Se tem massa ocupa espaço (já que a definição de matéria
e de massa é “tudo aquilo que ocupa espaço”) e se ocupa espaço tem localização.
À reunião de energia e massa chamei SEGUNDA CHAVE DE EINSTEIN, pois a primeira
é a reunião de espaço e tempo em espaçotempo. De fato, esta é a solução: que os
pares estando unidos eles fatalmente se comunicam. Os pares confundem-se pelo
centro, onde se encontram, e separam-se nas extremidades, que são muito
menores, da ordem de 40 para um, no modelo.
AS
ATIVIDADES PRINCIPAIS DA MENTE (segundo Descartes separadas do corpo)
·
Recordar
·
Raciocinar
·
Conhecer
·
Querer
AS
ATIVIDADES SECUNDÁRIAS (em que o corpo estaria unido à mente)
·
Sensação
·
Imaginação
·
Instinto
Se há separação total entre mente e
corpo no recordar, como é que o percebido pela sensação passa a memória e volta
desta a ser ato? Se o raciocinar (pensar) não for unido à imaginação
(formalização), como é que transformaremos tais “atos puros” de idealizar em
imagens? Como é que colaremos palavras e imagens?
Evidentemente Descartes estava ao
mesmo tempo certo e errado, como diz o modelo. Se não estivesse certo não
haveriam as extremidades, os pares polares opostos/complementares, o
completamente físico, sem pensamento, e o pensamento puro do UM, Deus. Por
outro lado, está também errado, pois deve haver comunicação ou troca de
potenciais pelo centro, isto é, balanceamento dos potenciais materiais e
energéticos em materenergia.
Porém, por 300 ANOS, uma eternidade em
termos de vidas humanas 10 gerações, Descartes mergulhou o mundo em confusão, até
que Einstein pudesse reunir os pares (há uma terceira chave dele).
Vitória, quarta-feira, 02 de julho de
2003.