Presença Pontual e o
Universo Opaco
Como vimos neste Livro
128 no artigo Dando Mais Tempo cada
pessoa é um ponto, estando em volta dela o universo opaco (na Rede Cognata =
NEGRO = ESCURO).
Explico.
PONTO PARA VOCÊ
Notícia mais exterior e mais não-fidedigna



Pois
a Lua está a um segundo-luz e nós não a vemos, vemos o que ela era há um
segundo; poderia haver um objeto a um minuto-luz (o Sol está a 8,5 minutos-luz
no passado), a uma hora-luz, a um dia-luz, a um ano-luz. Embora o tempo seja um
só para todo o universo, como já mostrei o espaço não é, porque não temos
notícia dele. A um metro de distância o objeto envia 300 milhões de notícias
por segundo; a 10 cm três bilhões; a 10 metros 30 milhões. Quanto mais distante
de nós o objeto mais ignoramos como ele é realmente agora. Ele está no mesmo tempo-agora
que nós, porém não vemos o espaço em que ele está; a Lua de agora nós só
veremos daqui a pouco mais de um segundo. Tendo sido mais fácil de início entender
para os objetos distantes, agora transponhamos para os objetos próximos: eles
são igualmente opacos.
A
OPACIDADE E O ILUSÓRIO
(há infindedignidade, não se pode confiar plenamente) – nas laterais estão os
ÍNDICES DE DESCONFIANÇA, por assim dizer. Quanto mais longe da PESSOA
(indivíduo, família, grupo, empresa), maior seria a desconfiança necessária
quanto à fidelidade das informações e dos conhecimentos.
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O que nos permite ver, então?
É que a cada centésimo de segundo está
chegando 1/100 da mensagem toda de um segundo; a velocidade da luz é muito
grande e no interior de um segundo, em cada um dos seus 100 centésimos ainda
chega para a distância de um metro três milhões de mensageiros
eletromagnéticos. As mensagens não param de chegar e tomamos isso pela
realidade. Nossa mente é “enganada” pelo filme (= PROJEÇÃO) do real, assim como
no cinema os 25 quadros por segundo não reconstituem na tela a realidade do
movimento, apenas são remontados pelo programáquina cérebro-mental como tal. Na
“presença-ponto” continuam chegando as linhas-planos 2, 3, 4, 5, 6 e o resto,
de modo que o encavalamento passa por reconstituir o espaço. Não reconstitui. O
universo fora de cada um é inteiramente opaco. Nós apenas estamos sendo
“enganados” (as aspas vão para o fato de que a soma, ainda que soma de defasagens,
é ainda verdadeira; quer dizer, a falsificação é uma verdade também, embora
verdade torcida).
Vitória, julho de 2005.


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