João entre Joãozinho
e Janjão
Uma das grandes
dificuldades de vivermos em sociedade é que cada um se julga um universo (como
diz o ditado: “cada pessoa é um universo”; pode ser, mas um universo que cabe
num corpo, que é mensurável e cabe num elevador). De fora somos vistos como
Joãozinho, no diminutivo, de dentro nos vemos como Janjão, no aumentativo,
quando somos apenas João. Isso precisava ser trabalhado pelos psicólogos não em
termos individuais, porque levaria tempo demais, mas introduzindo matéria ou
disciplina nas escolas de todo o mundo, colocando a discussão das dimensões
reais de nossas personalidades. Todo mundo se acha o maioral, o mais bonito, o
que tem mais coisas a falar, verdadeiro revelador dos mistérios, mas na prática
somos pessoas comuns, uma em 6,5 bilhões.
Vitória, agosto de 2005.
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