A Rede da Língua
Quando a gente vai
andando nas caminhadas naturalmente vê muitos prédios, alguns deles mais
complexos que outros, mas todos eles de uma complexidade incrível (se você
fosse ler a seqüência de procedimentos para levantar e dar acabamento a um
edifício ficaria espantando não com a quantidade de páginas necessárias, mas
com a quantidade de LIVROS inteiros). Uns, então, são especialmente
complicados, com máquinas, aparelhos, instrumentos, programas, inclusive
programáquinas de comunicação de longa distância, como rádios
extracontinentais.
UMA CONSTRUÇÃO DA LÍNGUA
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Na Veja desta semana, edição 1.921, 7 de setembro de 2005, p. 113 vem
a matéria “O primo das selvas” que
diz no quadro: “96 % do DNA do chimpanzé
é idêntico ao do homem. Dos 4 % restantes, apenas 1 % é responsável pelas
diferenças entre as duas espécies”, o que constitui tremendo atraso em
relação ao modelo, pois a mera colocação da pontescada científica
(Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5
e Dialógica/p.6) mostra que é muito mais.
Pois são 96 % SEMELHANTES em termos
BIOLÓGICOS e não psicológicos. Não é idêntico, propriamente. E se o 1 % eminentemente
humano parece insuficiente, na realidade somou tudo isso que temos, através da
Língua geral. Veja que tão “pequena” diferença foi capaz de construir toda a
Psicologia geral desde os 10 milhões de anos dos hominídeos, os 200 mil dos
neandertais, os 80 a 70 mil dos cro-magnons, os 11 mil anos de civilização
desde Jericó.
Literalmente a Língua geral fez toda a
diferença.
Ela permitiu construir toda a
complexidade dos prédios e dos zilhões de coisas que nos distinguem dos
chimpanzés enquanto PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e
AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo). A Língua falada e
escrita nos trouxe até aqui e nos levará ainda mais longe. O 1 % (0,01) de
transformou em bilhões em ordem de grandeza.
Vitória, agosto de 2005.
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