segunda-feira, 30 de outubro de 2017


A Rede da Língua

 

                            Quando a gente vai andando nas caminhadas naturalmente vê muitos prédios, alguns deles mais complexos que outros, mas todos eles de uma complexidade incrível (se você fosse ler a seqüência de procedimentos para levantar e dar acabamento a um edifício ficaria espantando não com a quantidade de páginas necessárias, mas com a quantidade de LIVROS inteiros). Uns, então, são especialmente complicados, com máquinas, aparelhos, instrumentos, programas, inclusive programáquinas de comunicação de longa distância, como rádios extracontinentais.

                            UMA CONSTRUÇÃO DA LÍNGUA


Na Veja desta semana, edição 1.921, 7 de setembro de 2005, p. 113 vem a matéria “O primo das selvas” que diz no quadro: “96 % do DNA do chimpanzé é idêntico ao do homem. Dos 4 % restantes, apenas 1 % é responsável pelas diferenças entre as duas espécies”, o que constitui tremendo atraso em relação ao modelo, pois a mera colocação da pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) mostra que é muito mais.

Pois são 96 % SEMELHANTES em termos BIOLÓGICOS e não psicológicos. Não é idêntico, propriamente. E se o 1 % eminentemente humano parece insuficiente, na realidade somou tudo isso que temos, através da Língua geral. Veja que tão “pequena” diferença foi capaz de construir toda a Psicologia geral desde os 10 milhões de anos dos hominídeos, os 200 mil dos neandertais, os 80 a 70 mil dos cro-magnons, os 11 mil anos de civilização desde Jericó.

Literalmente a Língua geral fez toda a diferença.

Ela permitiu construir toda a complexidade dos prédios e dos zilhões de coisas que nos distinguem dos chimpanzés enquanto PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo). A Língua falada e escrita nos trouxe até aqui e nos levará ainda mais longe. O 1 % (0,01) de transformou em bilhões em ordem de grandeza.

Vitória, agosto de 2005.

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