Os
Prismas dos Rios Mineradores
Você sabe, mesmo para um rio pequeno,
construir os paralelepípedos levaria a volumes muito grandes, porque se trata (idealmente)
de desenhar as bacias sucessivas que, para o rio Doce, equivaleria a desenhar
ano a ano 273 milhões de mapas e nos pontos mais extremos das somas colocar os
limites do prisma regular reto.
Alternativamente poderíamos ligar os pontos
de depósitos, as minas futuras, à linha atual do rio e seus afluentes, o que
daria uma construção muito esquisita. Ademais, os pontos devem ser alcançados
de cima, das bases de mineração em solo, até as profundidades onde se encontrem.
MINERAÇÃO
DAS PROFUNDIDADES EM CORTE VERTICAL
Os 273 milhões de mapas do Doce pegariam
todas as suas sucessivas bacias (as chuvas mineradoras com seus micro-martelos
golpeavam constantemente o solo, retirando micropartículas do chão, juntando
nos escorrimentos, levando pelas enchentes até os afluentes, estes aos rios, estes
ao mar): todas elas carrearam para os depósitos preferenciais por gravidade e
confronto imensas quantidades de detritos, no seio dele se encontrando as
pedras e os metais preciosos. Éon após éon, era após era levaram e microdepositaram,
década por década, século por século, milênio por milênio, enormíssimas,
maciças somas de escórias minerais e vegetais (dentro da curva do sino, desde
as menores às supergigantes).
Devemos pegar o depósito em baixo e liga-lo
com a superfície por linha vertical, no solo instalando os aparelhos, daí teremos
a mineração da mina. Eis o prisma mínimo.
Vitória, segunda-feira, 30 de outubro de 2017.
GAVA.
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