sábado, 28 de outubro de 2017


Tantas Almas Compradas!

 

                            As atrações são variadíssimas:

·       Carros (alguns compram dezenas deles);

·       Sapatos (a Imelda Marcos, parece, tinha cinco mil pares);

·       Vestidos e ternos;

·       Casas e piscinas;

·       Joias, terrenos, objetos, uma infinidade de atrações que subjugam nossas almas.

Só os santos (emocionalmente) e os sábios (racionalmente), fora os iluminados, se vestem exclusivamente para Deus/Natureza, Ele/Ela, ELI por meio de suas obras. Os demais se vestem para si, para a falibilidade e a impermanência. Todos nós nos deixamos cativar em alguma medida por esses chamamentos que constituem a moeda que compra a todos e cada um. Somos irresistivelmente puxados para lá e para cá por inúmeras ofertas de poder, de prazer, de fama, de glória, de dignidade. Cada vida é um retrato de todas essas demandas por falsa dignidade supostamente presente na posse.

Vitória, agosto de 2005.

 

ROSA DOS VENTOS (cada alma encarna muitos desejos que nos dilaceram e rebentam em quadrantes); mas ao absorver e ser absorvido, como disse Gabriel o que prendemos também nos prende, como afirmou Saint Exupéry de outro modo (“tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas”). Os ventos dos desejos nos dilaceram.

 
 

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