A Mulher Vestida de Natureza

 

                            Como vimos no Livro 134 no artigo A Mulher Troca de Pele o vestir não tem apenas sentido natural, não é somente biológico, não serve somente de proteção (se fosse assim dentro da caverna onde é quente e abrigado não faria sentido usar roupas, elas andariam peladas; sabemos que não andavam porque não andam hoje nas casas). Ora, as roupas SÃO PSICOLÓGIAS, estão na categoria das psicologias, dos tratamentos mentais e não corporais. São, além de códigos do ser-ter (relativos à sutil e permanente separação das classes sociais), elementos do jogo sexual entre homens e mulheres, quer dizer, entre depositantes e vasos de depósito de esperma.

                            Vivendo nas cavernas cinzas e marrons com muito pouco de Natureza em volta elas se vestirão como o contrário, como a Natureza para onde os homens iam; e eles, ao contrário/complementar, se vestirão de cores insossas, como se dentro das cavernas estivessem.

                            VESTIDAS DE NATUREZA

Raramente elas escolherão roupas cinzas e marrons, porque seu propósito (explícito e implícito) é agradar os homens (e vice-versa) e atrair suas atenções preferenciais na árdua disputa por depósitos. Elas simbolizam em si a Natureza berrante que os homens viam nas caçadas. Dentro e em volta das cavernas era tudo muito parecido e repetitivo, porisso elas sentiam necessidade premente de novidades, que os homens viam sempre; assim, para atrair atenção dos homens elas vestirão cores berrantes com imitações da Natureza (flores, pássaros, árvores, frutos, brilhos).

Por outro lado, os homens vestirão cores mortas, porque nenhum caçador que se tornar presa, atrair a atenção do predador; e também porque não é com roupas, com exteriores que os homens atraem a atenção das mulheres e sim com valentias reais ou simbólicas. Os homens tenderão a esquecer a superfície. Homens que usem demais a superfície não são homens verdadeiros, só têm corpo semelhante: são pseudo-homens. As roupas dos homens serão sempre sóbrias, pretas; roupas coladas ao corpo, sem nada que agarrar em galhos; roupas de caçador, com o mínimo de coisas distantes do corpo (mas com muitos bolsos para carregar as armas; são os bornais do caçador, diferentes das bolsas das coletoras porque não podem ser sacos). Isso e as pesquisas ulteriores mudarão completamente a moda mundial, particularmente para as mulheres, separando nitidamente os dois grupos.

Vitória, agosto de 2005.