Ocupação
da Universidade
Ocupação geral.
No que se ocupam as universidades brasileiras
e escolas isoladas, no que nos ajudam, com o que contribuem – precisamos começar
a fazer as contas. Qual é a relação benefícios/custos? Os meus amigos doutores
na universidade dizem que só 10 % dos professores produzem realmente, 90 % de
inúteis escrevendo “papers” (papéis) copiados, chupados, plagiados dos textos
sérios das revistas internacionais e nacionais, ou que apenas dão aulas preparadas
30 anos passados, quando entraram em seus cargos, pouco renovadas e atualizadas
– e fazem bicos, apesar de proibidos.
São bilhões, centenas de bilhões gastos com
os oportunistas (salvo as exceções honradas, que são poucas, é preciso levantar
os dados) que fazem de tudo para ficar à toa, pegando carona na inércia moral
do Brasil.
Precisamos de eficiência, renovação,
inovação, de AÇÃO, enfim, de transparência, de dignidade, de moralização, de
compromisso, de coisas boas, de notícias excelentes depois do mar de lama.
No que as universidades se ocupam, em troca
dos bilhões e bilhões que carreiam do trabalho operário? O que rendem para nós?
Precisamos saber, precisamos perguntar com
urgência.
Vitória, quinta-feira, 26 de outubro de 2017.
GAVA.
ANEXO
Centro Alemão de Ciências e Inovação – São
Paulo
Brasil - Universidades
O Brasil
conta hoje com um amplo e descentralizado sistema de educação superior. No
total, o país possui 2.364 instituições de ensino superior de ensino
superior, que oferecem 33.501 cursos de graduação em todas as
regiões. Os dados constam no Censo da Educação Superior 2014 divulgado pelo
Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em outubro de 2016.
De acordo
com sua organização acadêmica, as instituições se dividem em universidades,
centros universitários, faculdades e Institutos Federais. Elas podem ser
privadas ou públicas, vinculadas aos governos federal, estadual ou municipal.
As
universidades se caracterizam pela indissociabilidade das atividades de
ensino, pesquisa e extensão. As universidades são instituições acadêmicas
pluridisciplinares, que produzem conhecimento intelectual institucionalizado.
Para tanto, devem seguir alguns requisitos do Ministério da Educação (MEC),
como ter, no mínimo, um terço do corpo docente atuando em regime integral e
um terço de mestres e doutores.
Já os centros universitários abrangem uma ou mais áreas do conhecimento, mas neles não é obrigatória a realização de pesquisa institucionalizada. As faculdades são instituições que oferecem cursos superiores em apenas uma área do conhecimento e compõem as universidades, os centros universitários ou são independentes.
Os
institutos federais são unidades voltadas à formação técnica, com capacitação
profissional em áreas diversas. Oferecem ensino médio integrado ao ensino
técnico, cursos técnicos, cursos superiores de tecnologia, licenciaturas e
pós-graduação.
Com
relação às instituições privadas, elas podem ter ou não, finalidade lucrativa.
Entre as que não possuem este objetivo estão as comunitárias,
filantrópicas ou confessionais.
De acordo
com o levantamento do Inep, atualizado em outubro de 2016, há 298
instituições públicas de ensino superior e 2070 privadas no Brasil.
Em todos
os 27 estados há universidades federais e estaduais. Vale lembrar que o
Brasil não possuía nenhuma instituição de ensino superior até o início do
século XIX. Após a independência do Brasil, surgiram as primeiras
escolas superiores, isoladas, sem status de universidade e de orientação
profissionalizante, especialmente nas áreas de direito, medicina e
engenharia. A Universidade de São Paulo, uma das mais importantes do país,
foi fundada em 1934.
O QS World
University Ranking by Subject, divulgado no dia 7 de março de 2017,
classificou a Universidade de São Paulo (USP)
entre as melhores universidades do mundo em 41 das 46 áreas de concentração
avaliadas. A USP ficou entre as 50 melhores do mundo em nove dessas áreas:
Odontologia (18ª posição); Engenharia de Minérios e Minas (25ª); Ciências da
Atividade Física e Esportes (31ª); Arquitetura (35ª); Agricultura e
Silvicultura (35ª); Ciência Veterinária (38ª); Arte & Design (42ª);
Antropologia (42ª); e Direito (50ª). Em 20 áreas, a USP ficou entre a 51ª e a
100ª posição; em nove áreas, entre as 150 melhores; e, em uma área, entre as
250 melhores.
No ranking
QS World 2016, a USP aparece como a 120ª melhor universidade do mundo, o que
representa a melhor posição da instituição desde 2010, quando a relação
começou a ser publicada com este formato. Em 2015, ela aparecia na 143ª
posição. A melhora é resultado no crescimento dos itens "reputação
acadêmica" e "reputação do empregador". A alta neste ano
interrompeu dois anos consecutivos de queda.
Já o ranking da Times Higher Education (THE) de
2016, com as melhores universidades da América Latina, traz as instituições
brasileiras em destaque. A USP e Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp) são as melhores de toda a região,
segundo a publicação. O Brasil é o país com o maior número de instituições
representadas no ranking. São 23 universidades brasileiras entre as 50
latino-americanas mais bem classificadas pela THE. Do Chile, são 11, oito são
mexicanas e quatro da Colômbia. A Venezuela aparece com duas instituições na
lista e Peru e Costa Rica marcam presença no ranking com uma universidade
cada um. A lista completa está
disponível no site da revista.
De acordo
com o ranking de Xangai 2016, a melhor universidade ibero-americana é a USP
(entre as que aparecem entre as 101 e 150 melhores do mundo).
Esse
ranking é elaborado com base em seis parâmetros que incluem, entre outros,
quantidade de prêmios Nobel, número de trabalhos de pesquisa em publicação de
primeiro nível e quantidade de vezes que os pesquisadores de cada
universidade são citados em trabalhos de suas disciplinas.
No Ranking
Universitário Folha (RUF) 2016, a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) ficou em primeiro lugar, com 97,46 pontos, e a USP em segundo
lugar, com 97,03 pontos. As outras oito instituições são: Unicamp, UFMG,
UFRGS, Unesp, UFPR, UFSC, UnB e UFC.
Realizado
anualmente pelo jornal Folha de S. Paulo, o ranking contempla 195
universidades do Brasil e considera indicadores de ensino, mercado, pesquisa,
internacionalização e inovação. O RUF avalia, em rankings independentes, os
40 cursos de maior demanda no País, de acordo com o Censo do Ensino Superior
de 2014.
Números e
Estatísticas
O número
de estudantes universitários aumentou bastante no Brasil após a criação do
Prouni. É o programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo a
estudantes brasileiros no ensino superior. As bolsas podem ser integrais ou
parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de
graduação e sequenciais de formação específica.
Depois de
ter registrado taxas anuais de crescimento de até 13% na primeira metade da
década de 2000, o número de novas matrículas em cursos de graduação caiu em
2015. Em 2014, foram 3,1 milhões de ingressantes, ante 2,9 milhões em 2015 –
uma queda de 6,1%. A mais acentuada ocorreu nas universidades particulares,
que em 2015 tiveram 6,9% de novos alunos a menos do que em 2014. A queda
ocorre no mesmo período em que o governo federal mudou regras e reduziu a
oferta de novos contratos de financiamento para quem quer estudar na rede
privada usando o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Entidades do setor
indicaram que o quadro, somado à crise econômica, ainda se reflete nas
matrículas de 2017. Os números são do Censo da Educação Superior 2015,
divulgado em 6 de outubro de 2016, pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A evolução
nos ingressantes na rede pública era constante desde 2009, culminando com o
aumento, entre 2013 e 2014, de 16% no total de novos alunos. Neste mesmo
período, o gasto do governo federal com o Fies havia saltado de R$ 7,5
bilhões para R$ 12,2 bilhões.
O número
de novos ingressantes, segundo o Censo 2015, teve um recuo de 6,13% quando registrou
2.920.222 no total. Na rede pública a queda foi de 2,55%.
De acordo
com o Censo, 8.033.574 alunos estavam matriculados no ensino superior em
2015. O número supera a estatística de 2014 em 2,5%. São ofertados 33 mil
cursos de graduação em 2.364 instituições de ensino superior.
O Censo
aponta que das 6,1 milhões de novas vagas em instituições públicas e privadas
de ensino superior, somente 42,1% estão preenchidas e 13,5% das vagas
remanescentes foram ocupadas. O Censo também informa que os cursos
presenciais tiveram uma queda de 6,6% no número de novas matrículas. Já o
ensino a distância perdeu 4,6% de novos alunos, em relação a 2014.
Privadas
em maior número
De acordo
com o Censo, na rede de educação superior brasileira, 87,5% das instituições
são privadas. Dentro das IES públicas, 40,7% são estaduais, 36,3% são
federais e 23% são municipais. A maioria das universidades é pública (54,9%),
enquanto entre as privadas predominam os centros universitários (94%) e as
faculdades (93%).
Das
universidades existentes no Brasil equivalem a 8,2% do total de IES. Por
outro lado, 53,2% das matrículas em cursos de graduação estão concentradas
nas universidades, onde 94% dos cursos são na modalidade presencial. A maior
parte dos cursos de graduação presencial está localizada na Região Sudeste
(45,1%).
A rede
federal teve o maior percentual de novas vagas preenchidas (90,1%). Se
consideradas vagas que já estavam ociosas de anos anteriores, as federais
também apresentaram o maior percentual de preenchimento (27,4%).
O Censo
mostra ainda que, entre 2014 e 2015, o número de concluintes na rede pública
diminuiu 0,8%, enquanto na rede privada houve aumento de 15,9%. Se
considerados apenas os concluintes em cursos de graduação presencial em todas
as redes, houve aumento de 9,4% em relação a 2014. A modalidade a distância
aumentou 23,1% no mesmo período. A maioria dos docentes nas universidades tem
doutorado (51,6%). A rede privada concentra o menor percentual de doutores em
seus quadros. Atualmente, 20,8% dos docentes da rede privada têm doutorado,
um crescimento de 8,5 pontos percentuais em 10 anos. Na rede pública, onde a
maioria é formada por doutores (57,9%), o crescimento em 10 anos foi de 17,8
pontos percentuais.
Tanto na modalidade
presencial quanto nos cursos a distância, as mulheres são maioria. A idade
mais frequente dos estudantes matriculados é de 21 anos nos cursos de
graduação presencial e de 33, nos cursos a distância. Pedagogia é a área de
curso que possui mais mulheres matriculadas na graduação. Entre os homens, o
curso de direito é o que tem o maior número de alunos.
Segundo o
Censo, o Brasil conta com 15.605 estudantes estrangeiros na educação
superior, de 174 diferentes nacionalidades, representando, entretanto, apenas
0,2% do total de matrículas.
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