O Brasil Feito a
Machado
“Feito a machadadas”
é no Brasil dito popular para indicar a falta de capricho, coisa tosca, brutal,
mas não usei esse termo para debochar de Machado porque Machado de Assis
realmente foi grande. Era mulato e enfrentou naturalmente grandes dificuldades
(que por sinal o cinema nacional nunca abordou ou pelo menos a contento), daí a
grandeza ainda maior.
Dizem que ele é o
maior escritor da língua portuguesa no Brasil, não sei avaliar porque não leio
os autores nacionais com freqüência, ou quase nunca, pois, como já disse, não
acredito que eles tenham real preocupação com a libertação nacional, pelo
contrário.
Exatamente pelo fato
de Machado ser grande e os demais pequenos sempre o citam (assim como sempre
colocam os mesmos livros no repertório servido às crianças no primeiro e
segundo graus e como leitura obrigatória do português do vestibular). Vira e
mexe citam o Machado, raramente fazendo referência a outros num país de 180
milhões de habitantes e 505 anos de existência.
Vitória, agosto de 2005.
OS RETRATOS DO MACHADO
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O MACHADO
No capítulo final de
Dom Casmurro, Machado de Assis antecipa um dos temas freqüentes na
criação contemporânea: refletir sobre o processo de elaboração da obra artística.
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MACHADO
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Machado de Assis
(...) Assim são as páginas da
vida,
como dizia meu filho quando fazia versos, e acrescentava que as páginas vão passando umas sobre as outras, esquecidas apenas lidas. "Suje-se Gordo!"
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista,
contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e
ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839.
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