O Ataque
aos Descendentes de Cristo
O
livro O Código Da Vinci de Dan Brown
colocou tolamente a chance de Cristo ter se casado e tido filhos com Maria
Madalena. De fato, a Rede Cognata diz que Cristo = CASADO = AMADADO (e muitas
outras traduções que não interessam aqui). Entretanto, ter filhos é muito
diferente, porque as complicações seriam tremendas.
Se
Cristo é mesmo Filho de Deus (como Adão) e Deus mesmo (o que Adão jamais disse
ou sugeriu – foi isso que irritou os judeus), teria de ser muito bobo para ter
descendentes, pelas várias razões que vou expor (e outras que você poderá
pensar, se já não pensou, inclusive as minhas). Não podemos esperar que Deus
seja bobo.
O PERIGO DE CRISTO TER FILHOS
Ø Como já
disse, eles poderiam pedir sua LEGÍTIMA entronização (no Aurélio Século XXI:
[Do lat. ecles. Inthronizare. ] V. t. d. 1. Elevar ao trono, à suprema
dignidade. 2. Elevar muito; exaltar, sublimar. V. t. d. e c. 3. Pôr em altar (imagem de santo), ou pendurar
na parede (quadro com estampa de santo). V. t. d. e i. 4. Introduzir, colocar.
V. p. 5. Sentar-se no trono, ou ocupá-lo. 6. Tomar o mando; dominar), colocação
no trono: como Jesus é, supostamente, o rei do mundo, seus herdeiros seriam
príncipes e princesas com direito a reinar diretamente sobre dois bilhões de
cristãos, quase 1/3 da população do planeta; os outros 2/3 reclamariam e fariam
guerra contra a pretensão;
Ø Quais de
todos os príncipes e princesas descendentes seriam colocados no trono? Os
demais fariam guerra pela precedência (e decidir por ela teria o custo tremendo
de avaliação de todos os ADRN para ver qual teria maior densidade de genes de
Cristo);
Ø Haveria uma
DISPUTA PERCENTUAL no sentido de estabelecer o rareamento do ADRN de Cristo,
quer dizer, a distância em relação aos 100 % de Jesus e na prática os 50 %
transmitidos por ele, dado que os outros 50 % seriam de Madalena;
Ø Homens e
mulheres tenderiam a buscar as descendentes e os descendentes para casar-se com
eles e elas e ganhar prestígio na Terra;
Ø Muitos
doariam partes ou a totalidade de seus bens (já fazem isso com os pastores) a
esses e a essas descendentes: deveriam os governos cobrar ou não imposto de
renda dos descendentes de Cristo?;
Ø Deveriam
eles e elas estar sob a terrena Lei mundial?;
Ø O ADRN deles
e delas deveria ser combinado para obter o de Cristo novamente?;
Ø Qual seria o
GRAU DE PRECEDÊNCIA da Igreja (ocidental e oriental-ortodoxa) e das seitas
protestantes?;
Ø Centenas e
centenas de perguntas.
Seriam iniciados debates infindáveis, muito acalorados,
levando a conflitos constantes, lavrados com uma fúria incompreensível agora.
Para começar, os dois bilhões de cristãos travariam uma JIHAD altamente
destrutiva contra os árabes e muçulmanos em geral: levando-se em conta que os
cristãos detém quase todas as bombas nucleares que existem (fora uns 2 % ou
menos em poder da Índia, que é aliada, da China, que se manteria afastada da
confusão – esperando herdar com o desfecho dela
-, do Paquistão, que seria esmagado como estado maometano, e de Israel, que
é aliado; novas perseguições aos judeus começariam, agora com um motivo
concreto) nos EUA, na Europa, na Rússia (onde a igreja ortodoxa ganha corpo
depois do ateísmo de Estado da URSS) e em todas as nações que rapidamente
migrariam para as armas nucleares numa escalada terrível para vencer os
“infiéis” (a partir de então contrariamente à atual afirmação dos árabes), uma
guerra absolutamente destrutiva se seguiria e todos os não-cristãos seriam
varridos do planeta. Imagine um conflito aberto com a China: de posse dos
conceitos da física atômica ela poderiam fabricar milhares de bombas em tempo
recorde e porisso mesmo seria preventivamente atacada.
O que Dan
Brown está sugerindo é romântico na teoria, mas na prática constituiria o fim
do mundo. E é isso que ele está propondo no fundo.
Vitória, segunda-feira,
27 de junho de 2005.
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