Jornal de
Ensinamentos
Quando você pega um
jornal para ler há lá um monte de notícias, sendo uns deles melhores
diagramados que outros, com mais ou menos fotos coloridas, com gráficos, com
desenhos, mas sempre um punhado enorme de notícias. É uma riqueza, não apenas
em relação ao passado, mas por qualquer medida, e a maioria das pessoas nem
percebe o que têm em mãos.
Mesmo avaliando
assim, notamos que os jornais nada ensinam sobre a vida. Não ensinam sobre
patentes, sobre a formação escolar da pessoa, sobre o sistema judiciário, sobre
criação de filhos, costura, a perseguição da meta do mestrado ou doutorado,
como navios são feitos - não ensinam sobre absolutamente nada. Nem é daquele
Jornal de Idéias que estou falando agoraqui. É um jornal para ensinar
verdadeiramente às pessoas, a todos e cada um, sobre as bandeiras, digamos à
Bandeira do Labor (ensinar aos operários, aos intelectuais, aos financistas,
aos militares e aos burocratas) sobre trânsito, sobre seguros e seus cálculos
atuariais, os caminhos do dinheiro público do pagamento dos tributos até seu
uso nos destinos das verbas, sobre congelamento, sobre construção de oficinas
no lar, funcionamento de impressoras e compra de cartuchos, um milhão de
assuntos interessantes.
De onde tiraram essa
idéia de só dar notícias eu não sei.
Mas sei que falta de
oferta vem do desamor.
Vem de que as
pessoas não pensam em ajudar os outros. O que se prega aqui não é solidariedade,
é apenas melhorar a coletividade fornecendo conhecimentos que estão disponíveis
sem que as pessoas possam acessá-los ou se organizar para chegar a eles. Ajudar
a PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e até a AMBIENTES
(cidades/municípios, estados, nações e mundo), que são notavelmente mais
organizados. Em vez de dar notícias, que todos dão, ensinar sobre tudo, depois
particularizando. Iria ser uma febre mundial, expandindo-se em toda parte, e um
prazer fazer também.
Vitória,
segunda-feira, 06 de dezembro de 2004.
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