As Flechas d’Água
As flechas
(meteoritos e cometas) são das coisas mais interessantes do universo e o
mecanismo por excelência de modelação dos mundos, independente do medo e da
morte da Vida e até da Vida-racional.
O fato é que quando
caem rearranjam tudo.
Reconstroem os
mundos e os impulsionam para as mutações seguintes, adicionando tremenda
energia global ou local, quebrando as placas tectônicas e empurrando-as
adiante, aumentando a fervura do manto, destruindo tudo em volta para a
reconstrução, libertando radiação do fundo planetário. São interessantíssimas,
mas ninguém as vinha estudando assim em profundidade, até que os Alvarez
falaram da grande flecha de 65 milhões de anos atrás que caiu no Iucatã,
México.
Ora, o que elas
fazem no mar? (observe que a simulação da Nasa foi justamente na água).
Espirram água, certo, mas como? Já perguntei o que ocasionam, mas aqui
precisamos seguir segundo a segundo, milímetro cúbico a milímetro cúbico, de
modo a ver como essa água espirra e como se move em volta da Terra e até para
fora dela, levando os peixes, algas, fito e zôoplancto, lama, pedra e sabe-se
lá mais o quê, além de formar diamantes, como já falei, com o petróleo das
bacias debaixo do solo. Eis uma coisa fundamental abandonada assim ao léu. Que
esperança podemos ter de realmente conhecer se mesmo nas coisas maiores não
reparamos?
Deveríamos modelar
em computação gráfica água contra água, água contra terra, terra contra terra e
assim por diante, de modo a ver nos vários efeitos visuais caminhos estruturais
ou conceituais que seguir.
Como é o ritmo de
subida, o de espalhamento, até onde vão as águas esparramadas, que ondas são
criadas, quanto de água é transformada em vapor, que temperaturas atingem,
quando os volumes movidos caem de volta, que tipo de atmosfera criam e assim
por diante. São tantas as perguntas a fazer que mal cabemos na emoção. Veja que
a superfície da Terra é coberta por dois terços de água.
ASSIM (⅔ é isso)
- que não prestemos atenção a isso é equivalente a jogar com uma bola de
futebol a que falte mais da metade.
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Pois das mais de 140 flechas grandes
que estimo tenham caído na Terra em 3,8 bilhões de anos (fora as centenas ou
milhares das pequenas) quase 100 despencaram nos oceanos (desde quando eles
estavam formados?), causando tremendos estragos. Ignorar isso como motivo para
estudos é um pouco demais para meu gosto. É até acintoso, é falta de
competência mesmo.
Vitória, domingo, 13 de fevereiro de
2005.
MAS
ALGUMA COISA JÁ SE ESTÁ FAZENDO
Guia do
Educador para Crateras de Impacto
Cortesia
do Jet Propulsion Laboratory
Fazendo
Crateras em sua Sala de Aulas
Crateras de Impacto é um
processo encontrado em todo lugar no Sistema Solar, exceto nos gigantes
planetas gasosos. A Terra foi pesadamente atingida, mas a erosão removeu a
maioria das crateras.
Talvez
a mais bela cratera de impacto sobrevivente na Terra é a Cratera do
Meteoro Barringer próximo a Winslow, Arizona. Ela tem 1,2 quilômetros
(0,75 milhas) de diâmetro e 200 metros (650 pés) de profundidade. Ela foi
formada a cerca de 49.000 anos, quando um meteorito de níquel/ferro de 50
metros (150 pés) de diâmetro atingiu o deserto a uma velocidade de 11
quilômetros por segundo (25.000 milhas por hora, ou 40.000 km por hora).
Nativos Americanos vivendo na região observaram o impacto e sentiram a
tremenda onda de choque que deve ter-se deslocado pela atmosfera.
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E ALGUMA INFORMAÇÃO É OFERECIDA (mas não num livro geral, com CD
anexo com fotos e filmes)
Asteróides, Meteoros e Meteoritos.
Gaspra
Asteróides (Cinturão de Asteróides)
O cinturão de asteróides é um anel
com 150.000 km de fragmentos rochosos que se situa entre as órbitas de Marte
e Júpiter. Os asteróides variam bastante no tamanho e a maioria tem uma forma
irregular. Os asteróides circundam o Sol desde o começo do nosso Sistema
Solar, mas a poderosa gravidade de Júpiter impede–os de se tornarem um
planeta. Se tal sucedesse, o planeta seria cerca de 1/3 do tamanho da nossa
Lua. Alguns asteróides seguiram uma rota fora do cinturão, movendo-se ao
longo das órbitas dos planetas.
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ESSES
ALVAREZ!
Não há dúvida de que impactos de
objetos extraterrestres vêm ocorrendo na superfície da Terra ao longo de sua
história. No entanto, há controvérsias quanto à possibilidade de que a queda
de tais objetos tenha causado extinções de organismos em grande quantidade
(extinção em massa). A controvérsia mais conhecida, embora não tenha sido a
maior, é a teoria de que a queda de um gigantesco meteoro teria extinguido os
dinossauros, além de outros organismos.
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Outras extinções em massa e suas
prováveis causas:
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Período geológico*: Na passagem
Pré-Cambriano-Cambriano (540 milhões de anos)
Causas**: Sem dados
Período geológico*: Na passagem Ordoviciano-Siluriano
(440 milhões de anos atrás)
Causa**: Glaciação (congelamento das águas)
Período geológico*: Devoniano superior (365 milhões de
anos atrás)
Causas**: Mudanças climáticas, esfriamento do globo e diminuição do nível de oxigênio
Período geológico*: Na passagem Permiano-Triássico
(250 milhões de anos)
(Esta foi a maior extinção em massa. Cerca de 90% de todas as espécies foram extintas). Causas**: Mudanças climáticas causadas por vulcões, alteração dos níveis do mar e de sua salinidade.
Período geológico*: Triássico Superior (214 milhões de
anos)
Causas**: Mudanças climáticas e aumento da pluviosidade
Período geológico*: Na passagem Cretáceo-Terceário (65
milhões de anos)
Causas**: Meteoro, vulcanismo e mudanças climáticas
Período geológico*: Na passagem Eoceno-Oligoceno (35
milhões de anos)
Causa**: Mudança do nível do mar
*Dados de Luciana Barbosa de Carvalho do Museu
Nacional/UFRJ.
**Dados do site da BBC |
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