O Modelo da Caverna e
os Times Perdedores
A chamada “fase” do
Flamengo vai de mau (irregular) a pior (inferior). Usando o Modelo da Caverna
para a Expansão dos Sapiens podemos analisar a psicologia do time (na Rede
Cognata = VAGINA; o “time” do outro é “comido”) perdedor como a do grupo de
caça que consegue o mamute, mas o perde para o time adversário, que acaba
levando-o para dar futuro ÀS SUAS TRIBOS, aos seus torcedores (= TRIBOS). O
vencedor ganha futuro à custa do perdedor. É tudo simbólico, no fundo. O grupo
(= CAÇA = GUERRAS) de caça (= GRUPO = GUERRAS) é o grupo de GUERRAS.
As pessoas não estão
ali de brincadeira, é para morder (= MATAR) mesmo. Já que não podemos mais
caçar animais nem outros humanos, vamos aos estádios estraçalhar o inimigo e o
adversário alegórico. Essa é a colocação correta. As leis não permitem mais
(nem seria digno ou civilizado) matar animais nem humanos, como fomos treinados
a fazer nos 100 milhões de anos primatas, nos 10 milhões de anos hominídeos e
nos 100, 50 ou 35 mil anos sapiens; então, vamos aos estádios despedaçar
simbolicamente. Claro, a velha catarse, o velho
descarrego barato dos pobres, que é tão saudável – matamos símbolos para
não matarmos gente (em jogos, nos filmes, no teatro, em toda parte – tudo está
a serviço da adrenalina que não tem mais uso). Se não há tratamento psicológico
nobre e caro, como o que é dado aos ricos, pelo menos os pobres podem “botar
para fora”, xingar, violentar simbolicamente, destruir metaforicamente,
figurativamente, representativamente. Não sai sangue, saem palavrões. Os pobres
destratam e insultam os juizes. Esculacha as mães dos juizes para não espancar
os governos.
É aquilo que todos
sabemos.
Então, quando o time
perde há a impressão de que tudo vai mal, de que não há futuro, de que não há
amanhã, de que não haverá filhos-gol para fazer prosperar a tribo; de que não
se penetrou na vagina das mulheres – há a forte sensação de frouxidão, de
debilidade. O grupo de caça voltou de mãos vazias e o chefe-de-caça, o técnico,
foi incompetente ao preparar as armadilhas e ao orientar os caçadores, e a
tribo vai minguar e desaparecer. É a derrota do guerreiro, que volta de cabeça
baixa, sem proteínas e sem o que oferecer aos filhos famintos e às mulheres
esperançosas. É a pior notícia que pode haver. Sempre vai haver derrota de um,
se não acontecer empate, mas isso DEVE SER PARA OS OUTROS.
Vitória, domingo, 30
de janeiro de 2005.
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