terça-feira, 29 de agosto de 2017


Distinção Logarítmica, Colunas de Extração, Mapas e o Achamento dos Panelões

 

                            Podemos esperar que se fossem tomadas colunas padronizadas (cilindros retirados) em toda a Terra e fossem feitas as correlações estatísticas dentro das máquinas poderíamos ter uma tomografia computadorizada (embora distinta da outra, feita no corpo humano, ainda seria tomo-grafia, gravação de corte; e por ser computadorizada seria muito semelhante àquela, exceto que no corpo humano as fatias estão na posição correta e para o planeta os programáquinas deveriam juntar as peças do quebra-cabeças) do mundo.

                            Por não ser um corpo parado, com tempos correlatos ou próximos, da máquina e dele, e sim de Terra que viveu bilhões de anos quando os racionais agora se preparam para lhe tomar o pulso das eras, será preciso um programáquina excelente, muito esperto pelo lado do programa e muito rápido pelo lado da máquina, de tal modo que as mais sensíveis diferenças sejam notadas e correlacionadas, pois as faixas (os planos) horizontais tendem a ser distorcidos pelos movimentos de todo tipo, principalmente os induzidos pelas flechas, mas não só – os do interior da crosta contam também.

                            Para facilitar seria conveniente aumentar os de cima para o alto e reduzir os de baixo para nível inferior. Daí constituir os mapas, para ver se achamos algo, aqueles esperados panelões formados pelas flechas ao embater; coloco “achamento” (como os portugueses chamam o período das Descobertas), porque não se trata mesmo de des-cobrir, pois não estaremos tirando a cobertura de nada – estaremos achando, se acharmos.

                            O que desejamos?

                            É mostrar as antigamente altas bordas dos panelões formados. Elas foram aplainadas de vários modos até pouco ou nada se distinguirem das redondezas, 2/3 deles de todo modo estando no fundo do mar.

                            É preciso destacar. Elevar o que deve se projetar para cima, rebaixar o que deve ser empurrado para baixo, de modo a olhos humanos verem nitidamente onde estão os presumidos mais de 140 GRANDES buracos, as panelonas. Devemos esticar para dois lados opostos como uma tira de borracha que puxemos com as duas mãos (não iria tudo igualmente ser elevado? Certo, mas deve aparecer um círculo bem nítido no lugar da queda – mesmo se o interior e o entorno externo da borda subirem o conjunto se distinguirá). Os geólogos, muito treinados em olhar, verão com facilidade, penso eu, até porque com a ajuda das colunas será possível ver onde, no fundo dos panelões, apareceram os tais depósitos muito profundos de todo tipo de restos vitais.

                            Vitória, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005.

                           

                            ESTRATOS

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