Distinção
Logarítmica, Colunas de Extração, Mapas e o Achamento dos Panelões
Podemos esperar que
se fossem tomadas colunas padronizadas (cilindros retirados) em toda a Terra e
fossem feitas as correlações estatísticas dentro das máquinas poderíamos ter uma
tomografia computadorizada (embora distinta da outra, feita no corpo humano,
ainda seria tomo-grafia, gravação de corte; e por ser computadorizada seria
muito semelhante àquela, exceto que no corpo humano as fatias estão na posição
correta e para o planeta os programáquinas deveriam juntar as peças do
quebra-cabeças) do mundo.
Por não ser um corpo
parado, com tempos correlatos ou próximos, da máquina e dele, e sim de Terra
que viveu bilhões de anos quando os racionais agora se preparam para lhe tomar
o pulso das eras, será preciso um programáquina excelente, muito esperto pelo
lado do programa e muito rápido pelo lado da máquina, de tal modo que as mais
sensíveis diferenças sejam notadas e correlacionadas, pois as faixas (os
planos) horizontais tendem a ser distorcidos pelos movimentos de todo tipo,
principalmente os induzidos pelas flechas, mas não só – os do interior da
crosta contam também.
Para facilitar seria
conveniente aumentar os de cima para o alto e reduzir os de baixo para nível
inferior. Daí constituir os mapas, para ver se achamos algo, aqueles esperados
panelões formados pelas flechas ao embater; coloco “achamento” (como os
portugueses chamam o período das Descobertas), porque não se trata mesmo de
des-cobrir, pois não estaremos tirando a cobertura de nada – estaremos achando,
se acharmos.
O que desejamos?
É mostrar as
antigamente altas bordas dos panelões formados. Elas foram aplainadas de vários
modos até pouco ou nada se distinguirem das redondezas, 2/3 deles de todo modo
estando no fundo do mar.
É preciso destacar.
Elevar o que deve se projetar para cima, rebaixar o que deve ser empurrado para
baixo, de modo a olhos humanos verem nitidamente onde estão os presumidos mais
de 140 GRANDES buracos, as panelonas. Devemos esticar para dois lados opostos
como uma tira de borracha que puxemos com as duas mãos (não iria tudo
igualmente ser elevado? Certo, mas deve aparecer um círculo bem nítido no lugar
da queda – mesmo se o interior e o entorno externo da borda subirem o conjunto
se distinguirá). Os geólogos, muito treinados em olhar, verão com facilidade,
penso eu, até porque com a ajuda das colunas será possível ver onde, no fundo
dos panelões, apareceram os tais depósitos muito profundos de todo tipo de
restos vitais.
Vitória, segunda-feira,
14 de fevereiro de 2005.
ESTRATOS
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