Caiu um Meteorito
Com essas três
palavras os estudiosos têm descrito um dos mais importantes fenômenos da
Natureza, como venho pensando e tentarei descrever de vários modos.
Pois a componente
vertical rebenta a crosta e faz borbulhar o manto; os vulcões e as fissuras
explodem por toda parte; o ar é queimado e envia ondas concêntricas de
supercalor por todo o Globo; a água vaporiza e cai aquecida sobre todos os
continentes, nuns mais e noutros menos; a terra fica reverberando muito tempo,
não sei quanto; pedaços do meteorito e pedaços arrancados da Terra são elevados
e caem noutros lugares, com efeitos devastadores; o eixo da Terra é deslocado,
as estações mudam, o regime de chuvas se altera; o céu ensombrece ou oculta o
solo com água, poeira, lama – não passa o sol enquanto luz e o calor aumenta
muito em razão do efeito estufa; milhões de espécies morrem e coalham o solo e
as águas com cadáveres, carne putrefata, e uma nova evolução acaba sendo irradiada
logo em seguida; os estrondos são terríveis; os tsunamis são os maiores que
acontecem, aqueles já descritos pelos cientistas - com ondas de 500 metros de
altura (para comparação as ondas desse de 2004 do Sudeste da Ásia atingiram 12
metros de altura e mataram 150 mil humanos).
Com apenas três
palavras os tecnocientistas descrevem essa enormidade de eventos, essa
quantidade inconcebível de conseqüências: é muita parcialidade. Todas aquelas
coisas tremendamente emocionadas são comprimidas em três palavras. Nem qualquer
visão de antes, nem alguma de durante, nenhuma de depois. Como se a vida de
Cristo e todos os milhares de livros escritos sobre ele tivessem sido
comprimidos em três palavras: “Cristo esteve aqui”. Como é que com tão pouco
poderíamos sequer intuir a riqueza dos eventos?
Há qualquer coisa errada, é ou não é?
Porisso venho
tratando extensamente do assunto na Teoria das Flechas e nos textos correlatos.
E, veja, sou leigo; quanto mais poderiam fazer os tecnocientistas com todo seu
conhecimento, a riqueza dos governempresas, os instrumentos, as máquinas, os
aparelhos, as seis mil universidades?
Infinitamente mais.
Vitória,
segunda-feira, 31 de janeiro de 2005.
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