domingo, 27 de agosto de 2017


Caiu um Meteorito

 

                            Com essas três palavras os estudiosos têm descrito um dos mais importantes fenômenos da Natureza, como venho pensando e tentarei descrever de vários modos.

                            Pois a componente vertical rebenta a crosta e faz borbulhar o manto; os vulcões e as fissuras explodem por toda parte; o ar é queimado e envia ondas concêntricas de supercalor por todo o Globo; a água vaporiza e cai aquecida sobre todos os continentes, nuns mais e noutros menos; a terra fica reverberando muito tempo, não sei quanto; pedaços do meteorito e pedaços arrancados da Terra são elevados e caem noutros lugares, com efeitos devastadores; o eixo da Terra é deslocado, as estações mudam, o regime de chuvas se altera; o céu ensombrece ou oculta o solo com água, poeira, lama – não passa o sol enquanto luz e o calor aumenta muito em razão do efeito estufa; milhões de espécies morrem e coalham o solo e as águas com cadáveres, carne putrefata, e uma nova evolução acaba sendo irradiada logo em seguida; os estrondos são terríveis; os tsunamis são os maiores que acontecem, aqueles já descritos pelos cientistas - com ondas de 500 metros de altura (para comparação as ondas desse de 2004 do Sudeste da Ásia atingiram 12 metros de altura e mataram 150 mil humanos).

                            Com apenas três palavras os tecnocientistas descrevem essa enormidade de eventos, essa quantidade inconcebível de conseqüências: é muita parcialidade. Todas aquelas coisas tremendamente emocionadas são comprimidas em três palavras. Nem qualquer visão de antes, nem alguma de durante, nenhuma de depois. Como se a vida de Cristo e todos os milhares de livros escritos sobre ele tivessem sido comprimidos em três palavras: “Cristo esteve aqui”. Como é que com tão pouco poderíamos sequer intuir a riqueza dos eventos?

                             Há qualquer coisa errada, é ou não é?

                            Porisso venho tratando extensamente do assunto na Teoria das Flechas e nos textos correlatos. E, veja, sou leigo; quanto mais poderiam fazer os tecnocientistas com todo seu conhecimento, a riqueza dos governempresas, os instrumentos, as máquinas, os aparelhos, as seis mil universidades?

                            Infinitamente mais.

                            Vitória, segunda-feira, 31 de janeiro de 2005.

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