O
que Há de Bom no Desemprego
Não que uma só pessoa desempregada seja bom
acontecimento, de modo nenhum, mas tendo aparecido (por despreparo dos
governantes) esses 14 milhões de desempregados, algo de benéfico sempre advém
na moeda, que tem duas faces:
1ª face) DO TRABALHADOR: do lado dos
operários, há o pavor daqueles que ficam e trabalham com maior atenção ao
serviço e ao cliente, tornam-se muito mais cuidadosos, porque os de fora querem
entrar e oferecem-se por menor salário (isso é horrível), com maior preparo,
pois foram treinar;
2ª face) DO PATRÃO: o consumo diminui
sensivelmente, porisso o dono se torna muito mais cortês, oferece-se com muito
maior desvelo, pressiona os funcionários. Tiram da poupança para pintar a loja,
compram melhores produtos, colocam as ofertas em destaque, reduzem os preços
exagerados.
Suponho que ninguém tenha feito esse tipo de levantamento
psicológico, com entrevistas de e indagações a uns e outros.
Ninguém quer produzir desemprego, só porque
tais vantagens podem advir, pelo contrário, ficamos arrepiados e assustados por
conta dele, as famílias sofrem. Contudo, cada moeda tem o outro lado e é ela
que os psicólogos devem investigar ou como, depois das guerras, as pessoas se
tornam afetuosas, educadas, companheiras; ou depois de uma doença o indivíduo
que escapa se torna mais sensível como tudo, maior apreciador da vida que
detestava há pouco.
O que aconteceu depois do crash de 1929 e da
Grande Depressão de 1933? É esse tipo de pergunta que devemos fazer, talvez as
pessoas parem de deixar os colapsos acontecerem.
Vitória, segunda-feira, 28 de agosto de 2017.
GAVA.
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