segunda-feira, 28 de agosto de 2017


O que Há de Bom no Desemprego

 

Não que uma só pessoa desempregada seja bom acontecimento, de modo nenhum, mas tendo aparecido (por despreparo dos governantes) esses 14 milhões de desempregados, algo de benéfico sempre advém na moeda, que tem duas faces:

1ª face) DO TRABALHADOR: do lado dos operários, há o pavor daqueles que ficam e trabalham com maior atenção ao serviço e ao cliente, tornam-se muito mais cuidadosos, porque os de fora querem entrar e oferecem-se por menor salário (isso é horrível), com maior preparo, pois foram treinar;

2ª face) DO PATRÃO: o consumo diminui sensivelmente, porisso o dono se torna muito mais cortês, oferece-se com muito maior desvelo, pressiona os funcionários. Tiram da poupança para pintar a loja, compram melhores produtos, colocam as ofertas em destaque, reduzem os preços exagerados.

Suponho que ninguém tenha feito esse tipo de levantamento psicológico, com entrevistas de e indagações a uns e outros.

Ninguém quer produzir desemprego, só porque tais vantagens podem advir, pelo contrário, ficamos arrepiados e assustados por conta dele, as famílias sofrem. Contudo, cada moeda tem o outro lado e é ela que os psicólogos devem investigar ou como, depois das guerras, as pessoas se tornam afetuosas, educadas, companheiras; ou depois de uma doença o indivíduo que escapa se torna mais sensível como tudo, maior apreciador da vida que detestava há pouco.

O que aconteceu depois do crash de 1929 e da Grande Depressão de 1933? É esse tipo de pergunta que devemos fazer, talvez as pessoas parem de deixar os colapsos acontecerem.

Vitória, segunda-feira, 28 de agosto de 2017.

GAVA.

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