quarta-feira, 30 de agosto de 2017


Os Peixes Ejetados pelas Flechas

 

                            Que acontece quando uma flecha (meteorito ou cometa) cai dentro d’água? Evidentemente espirra água, alguma parte imediatamente em círculos concêntricos, fora a que é evaporada e elevada até a atmosfera, baixa ou alta; e lá fica durante um tempo ou logo cai.

                            Mas talvez haja, segundo as potências de queda a serem avaliadas pelos tecnocientistas da Física, as que alcançam as velocidades de escape e saem do planeta, orbitando durante certo tempo, um tanto caindo de volta e outro não. Da porção que volta seria preciso calcular em quanto tempo o faz e quanto de cada vez, segundo uma função de acumulação que zere esse estoque. E outra parte deve ser trazida de volta por objetos, havendo ainda uma terceira que escapa para sempre. Haverá, todavia, água congelada no espaço e que já pertenceu à Terra?

                            Além da água da atmosfera mais baixa que forma um escudo contra os raios do Sol, responsável pela formação subseqüente da Bola de Fogo (variação de média que leva ao esquentamento) - e que gera logo depois Bola de Gelo com congelamento desenfreado, e novas bolas que se alternam - há essa capa exterior. Seria muitíssimo interessante ver todo o mecanismo funcionando, qualquer coisa de belo, se isso se dá mesmo.

                            Podemos ir mais longe e pensar quantos daqueles peixes e daqueles mamíferos marinhos mortos no processo foram elevados até que alturas e até, num extremo de audácia, se há bolhas d’água que levam peixes vivos até lá, peixes desde então congelados e que lá permaneceram, ou foram levados a outros mundos (até pode acontecer de micróbios, micro corpos de germens – como fito e zôoplancto – serem ejetado e levados a outros planetas e a satélites, estando lá até hoje). Será preciso calcular tudo isso.

                            Em todo caso, com certeza peixes e mamíferos marinhos mortos devem ter sido levantados de fato pela violência da explosão, embora não se sabia antes dos cálculos a que alturas proporcionais. Será preciso usar as supermáquinas para computar. Interessante, então, será empreender a busca, tanto na Terra quando em órbita, ainda que a investigação nos mundos deva demorar bastante, dilatando-se até quando já haja assentamentos humanos por pá (muitas décadas ou centenas de anos depois da chegada dos pioneiros).

                            Surpresas crescentes nos mostra o universo.

                            Vitória, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005.

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