Usando Negrito e
Sinais Distintivos
A Língua geral e a
Matemática vêm da mesma fonte, a lógica.
Como a Clarice
Lispector dizia, pontuação é como o autor quer que as pessoas respirem, usando
os recursos para tal condicionamento e para planejar as almas, dando-lhes ritmo
ou função de avanço-recuo e com isso preparando-as para a absorção de certas
psicologias (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou
economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) virtuais
que o texto quer transferir. Seria preciso estudar tanto a forma parcial e
final de apresentação, quer dizer, a superfície do texto, quanto seu conteúdo.
E tanto as partículas-palavra ou gramática, quanto o campo-sintaxe, o arranjo
delas numa construção.
Negrito,
itálico, maiúsculas e sublinhados são formas de chamar a atenção numa passagem
particularmente difícil, que não tenha ou raramente tenha aparecido e que o
autor acredita ser chave de de-cifração, quer dizer, chave que abre o texto -
que comporta níveis ocultos ou esotéricos - ao exterior, permitindo acesso aos
níveis interiores de visão. NÃO VALE A PENA USAR DEMAIS as maiúsculas, nem
frisar excessivamente em sublinhado, nem
destacar em demasia em itálico, nem
em excesso em negrito, (nem, colocar, vírgulas, além, da, medida) porque o
cérebro se cansa facilmente. E não é educado, também, pois o excesso indica que
o autor não julga o leitor capaz de entender as entrelinhas. Assim, a menos que
seja realmente muito necessário, não se deve usar. Existe um livro, de resto
muito legal, Cálculo 1, Rio de
Janeiro, Guanabara, 1982, Mustafá A. Munem e David J. Foulis (Munem e Foulis),
em que os autores decidiram usar o recurso da tinta diferente, grafando muitas
passagens em abóbora, com isso provocando um efeito desagradável, pois como já
disse noutro artigo tudo que é demais é pouco.
Em resumo, tal
lógica deveria estar sendo ensinada nas escolas, e não apenas a língua
vernácula; sempre a lógica de uso da LV. Tornaria tudo muito mais interessante.
Vitória, quinta-feira,
10 de fevereiro de 2005.
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