domingo, 27 de agosto de 2017


As Pedras Projetadas do Panelão

 

                            Se fosse verdade haver em Minas Gerais uma imensa páleo-cratera de 600 a 800 km2 de diâmetro (parece exagero, porque tomaria o estado todo; naturalmente há 273 milhões de anos não se chamava assim – a Natureza não mirou direitinho em cima, apenas atingiu o grande continente conjunto Brasil-África), então a área A = πR2 iria de 280 a 500 mil km2; se tiver cavado uma cratera de apenas um quilômetro de profundidade isso dará um volume extraordinário, de 280 a 500 mil km3, que na base de cinco toneladas por m3 daria 1,4 a 2,5.1015 ton. Tudo isso é chute, mas para você ver pela ordem de grande como seria grande. É urgente os tecnocientistas calcularem. Como uma carreta grande pode carregar apenas 100 toneladas, imagine que precisaríamos de 1,4. 1013 delas dando uma viagem cada uma, ou 38 bilhões dando uma viagem por dia um ano inteiro ou 38 mil delas trabalhando todos os dias durante um milhão de anos. É muita coisa mesmo.

                            Acontece que nada disso pode ter ficado dentro do panelão.

                            Fatalmente espirrou feito pipoca. O meteorito entrou, as pedras saíram e foram parar nas redondezas, caindo num milhão de lugares (o mesmo deve ter ocorrido em cada panelão em toda parte na Terra, nos planetas e nos satélites terrestróides) como matacões (no Houaiss digital: substantivo masculino 1 Rubrica: geologia, geomorfologia. Bloco de rocha compacta, de forma arredondada, produzido pela esfoliação tipo casca de cebola, que resulta de causas como intemperismo, atividade glacial, transporte fluvial e ação das ondas no litoral; bloco de decomposição, bloco esfoliado 2 Derivação: sentido figurado. Grande naco ou pedaço 3 Derivação: sentido figurado pedra pequena 4 Derivação: sentido figurado. Suíça ou corte de barba que deixa o queixo visível), grandes pedras (para o nosso tamanho) que vemos em toda parte.

                            Pois, o que acontece com o meteorito rebentado?

                            O que acontece com o solo onde ele bate?

                            Ambos rebentam, tanto o meteorito quanto o solo. Para onde vão essas partes, esses pedaços pequenos e grandes? Essa física tão interessante ninguém se interessou em calcular. Está em suspenso, não vejo mostrado em lugar nenhum: nem nos livros de Física nem nos documentários dos canais pagos, nem nos abertos, nem nas revistas de divulgação, nem nos livros-texto didáticos de geologia, nada.

                            Se tantos “pedacinhos” (em relação ao tamanho do meteorito) foram ejetados, projetados do fundo do panelão, aonde foram parar? O meteorito se esfacela, mas a Terra também sai ferida – voam cacos por todo lado. Certamente ele é rebentado em milhões de pedaços, que caem de volta noutros lugares próximos e distantes e abrem outras tantas crateras, repetindo o processo por não sei quanto tempo e desencadeando uma reação planetária. Tudo isso precisa ser estudado com atenção aos detalhes. A Terra também libera parte de sua crosta, que voa e cai novamente, uma parte subindo ao espaço e ficando por lá, caindo ou não noutros planetas e nos satélites (como Marte fez conosco, enviando pedaços seus). Essa troca de partes deve ser constante, a cada queda de flecha – e são muitas. Na realidade os corpos do sistema solar, fora os jupterianos, devem trocar mensagens o tempo todo.

                            Assim, se caiu em Minas o solo desse estado deve ter enviado pedaços por todo o planeta, o que não será difícil de rastrear, porque temos as descrições-padrão do solo mineiro e é só comparar com as pedras dos outros lugares.

                            Enfim, toda uma nova linha de pesquisa.

                           

                            UMA IMAGEM ARTÍSTICA


OUTRA IMAGEM


                            MINAS, GERAIS

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