sexta-feira, 11 de agosto de 2017


Graus de Parasitação e Comensalidade e a Medição Objetiva do Desenvolvimento

 

                            Se há parasitas demais numa coletividade há concentração de renda e uma fração pequena de toda a gente fica com uma fração grande da renda nacional, como no Brasil, em que 20 % ficam com 80 % da renda (há outros índices muito mais agudos, mas já me detive neles e não quero me repetir). Evidente, parasitismo é o contrário da comensalidade, em que todos podem comer, como nos países nórdicos e na Suíça, na Áustria e outras nações, onde a diferença entre o maior e o menor salário é um fator de quatro, ou seja, o maior é quatro vezes tanto quanto o menor. Dificilmente as pessoas sairão desses lugares, pois o grau de aderência é grande, há grande aglutinação (proporcionada neles por Cristo, a que aderiram forte e convictamente).

                            Então, se há fuga de cérebros que vão estudar ou servir nas universidades e institutos estrangeiros, de corpos que vão trabalhar, de capitais, de tudo e qualquer coisa, é sinal que há grande concentração de renda, grande parasitismo, grande antidemocracia, grande violência (pelo antagonismo ou distanciamento de classes), grande separação, grande ódio, grande desfavorecimento de uns pelos outros – tudo isso indica a falta de aglutinação ou CIMENTO NACIONAL, indica deficiência cultural. Pode-se, por todos esses índices combinados, saber perfeitamente quais são as primeiras nações ou até aquelas que, sendo segundas ou terceiras, tornar-se-ão segundas ou primeiras. Ou, dentre aquelas que são primeiras, as que cairão para segunda ou terceira posição. Se uma nação como a Coréia do Sul faz a opção depois de 1953 pela cristianização (real), então ela dá o salto. Não depende muito de quão subdesenvolvida é a nação, mas se ela quer a igualdade e, portanto, as concepções de Cristo, porque aí as elites se esforçarão obrigatoriamente para ganhar pelo volume, dependendo de um percentual menor, que é a contraparte de uma distribuição maior.

                            Se a mensagem de Cristo foi triunfante se segue que as nações deixarão o parasitismo, o oportunismo, a doença da oportunidade, o excesso de aproveitamento unilateral e mergulharão na produção e na superprodução. Então, escolha das direções por superprodução é sempre escolha DO POVO, de participação (como na China de hoje): significa, mormente, que está havendo abertura (real), cristianização, ou seja, o oportunismo parasítico está desaparecendo em favor da distribuição das rendas, passando-se à repartição no nível de comensalidade.

                            Assim, quando se aumente a comensalidade se está deslocando o país para o primeiro mundo e quando se aumente o oportunismo, pelo contrário, se está deslocando a nação para o quinto mundo.

                            Os países do oeste europeu, no Oriente o Japão primeiro, depois a Coréia do Sul, a China, Singapura e outros estão se movendo rumo ao primeiro mundo, enquanto os países da América Latina ficam parados ou regridem, porque não se cristianizaram suficientemente, ficando só na forma. Nos EUA, onde a concentração de renda está aumentando, isso significa que a mensagem de Cristo perde penetração e a comensalidade está diminuindo sua presença em favor da parasitação – mais e mais gente (nem precisamos de mais estatísticas) estão se tornando oportunistas, vivendo do trabalho alheio e da aplicação de rendas não-produtivas. Fatal. É que lá a tecnociência e Hollywood diminuíram (erroneamente) a presença de Cristo.

                            Vitória, quarta-feira, 08 de dezembro de 2004.

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