quarta-feira, 9 de agosto de 2017


ET das Cavernas

 

                            No Livro 101, texto As Posições das Cavernas, raciocinamos sobre a vista delas, como as veríamos de fora ou nelas entrando.

                            Agora devemos pensar em como elas viam o mundo, isto é, onde se inseriam pontualmente e como se co-ligavam com suas parentas espalhadas nas redondezas, porque é certo que criaram uma rede, precursora dos estados atuais. Olhe de si para fora, a mesma vista dos seus olhos, e pense no que veria.

                            VENDO A BANDEIRA DA CAVERNA

1.       QUANTO AO AR: não podia ficar na direção-sentido dos ventos predominantes em caso de incêndio; e outras limitações – por exemplo, os ares empestados de dentro, usados na respiração ou nos fogos, deveria sair com facilidade;

2.       QUANTO À ÁGUA: não podia ficar no curso de enchentes; tinha de ter água dentro ou por perto, de modo às mulheres não se cansarem (elas estavam permanentemente grávidas; as que não conseguiam pediam para morrer);

3.      QUANTO À TERRA/SOLO: a redondeza devia produzir com fartura para os 80 a 90% que viviam sob guarda das mulheres (50 % delas, 25 % de meninos, velhos, aleijados, doentes – mais gatos e cães de boca pequena;

4.      QUANTO À ENERGIA: o Sol (luz) deveria estar disponível a maior parte do dia, incidindo diretamente sobre a boca da caverna; e o sol (calor) deveria proporcionar esquentamento de manhã (quando a caverna está vindo do frio da noite), mas não de tarde – como até hoje é o sonho de todos, porque é a lógica. Bom seria ter madeira por perto para queimar e outras fartas fontes de energia;

5.      QUANTO À VIDA: animais pequenos deveriam estar disponíveis, bem como vegetais, tubérculos, frutas e flores, assim como fontes de drogas de cura;

6.      QUANDO À VIDA-RACIONAL: a rede-racional deveria estar estabelecida (aliás, os racionais são TÃO DEPENDENTES da palavra que só sob a terrível pressão do inchamento populacional alguns vão embora e se dispõe a migrar para as fronteiras).

Sendo a conjunção de tudo isso tão difícil, não é mesmo nada de admirar que o apossamento de uma boa caverna fosse motivo de grande alegria, e que a descoberta de uma vazia com o máximo de características fosse tão festejada. Ademais, quando podiam tomavam as dos outros, e essa foi a primeira fonte de guerras.

O conjunto das características permitirá classificar todas as cavernas do mundo, tenham sido ou não ocupadas pelos hominídeos. Descobrindo-as e contando as características presentes saberemos quão felizes foram - real ou potencialmente – seus ocupantes. Da felicidade dos 80 a 90 % dependia a felicidade dos guerreiros que iam e voltavam; portanto cavernas boas geraram tribos felizes (isso também vale para casas e apartamentos – moradias ruins e insalubres geram criaturas infelizes); e é porisso mesmo que a escolha de onde morar é crucial. O que também apontaria os extremos cuidados que os governos deveriam ter com as condições residenciais dos seus povos.

Vitória, quinta-feira, 25 de novembro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário