Dia a Dia Palmo a
Palmo
Quando a gente lê
sobre história, seja em livros escolares ou dos pesquisadores, sempre há
grandes saltos, colocando-se a árvore de hominidização (de criação dos
hominídeos, até chegar aos sapiens), depois a pré-história com pouquíssimas
notícias, a seguir a “névoa” que antecedeu imediatamente a história (fase comumente
referida como “a noite dos tempos”), mais adiante a criação da escrita e daí os
tempos históricos classicamente divididos em Antiguidade, Idade Média, Idade
Moderna e Idade Contemporânea.
Na Teoria das
Flechas (sobre a composição geológica), na Teoria dos Lobatos, na Teoria da
Forquilha e na Teoria da Expansão dos Sapiens segundo o Modelo da Caverna, tudo
está aparecendo em detalhes lógicos bastante precisos e definidos. Anda-se
passo a passo, devagarzinho, muito lentamente, explicando-se tudo de modo
altamente compreensivo (pelo menos é o que espero). Afinal de contas eles
andavam passo a passo, dia após dia. Não davam saltos de mil anos. Como faziam
para conquistar uma nova caverna e iniciar a replicação da vida-racional
ancestral?
Os livros de
geo-história são altamente inconsistentes e insatisfatórios, com enormíssimas
brechas insanáveis. Ficam lá aqueles vazios, com seu reflexo dentro de nós. A
lógica não foi em geral aplicada e há apenas pontos - relativos às minguadas
descobertas - frouxamente alinhavados. Falta talvez coragem para projetar as
hipóteses lógicas, com receio de perda de prestígio acadêmico. Como não tenho
nenhuma glória, não houve o que perder e com isso pude avançar uma quantidade
de pensamentos que serão úteis ou não. Como criaram roupas, como domesticaram
os animais, quem inventou as drogas, que papel coube a cada um? Investiguei uma
quantidade enorme de relações, a partir daquilo que vemos hoje em dia. Por quê
é assim ou assado? Porque nos comportamos desse ou daquele jeito? O que
deveríamos esperar em tal ou qual situação? O que podemos prever em termos de
comportamentos que estejam ocultos? Pois, é claro, toda teoria que se preze
deve apontar os fatos já sabidos e fazer uma quantidade de previsões sobre
coisas em que não se reparava ou que eram tidos como oriundas de outras
composições, agora tornadas ilógicas pela nova teoria.
Evidentemente sempre
se pretende que os discursos filosóficos passem, através da busca prática, a teorias
científicas.
Vitória,
terça-feira, 23 de novembro de 2004.
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