quarta-feira, 9 de agosto de 2017


Dia a Dia Palmo a Palmo

 

                            Quando a gente lê sobre história, seja em livros escolares ou dos pesquisadores, sempre há grandes saltos, colocando-se a árvore de hominidização (de criação dos hominídeos, até chegar aos sapiens), depois a pré-história com pouquíssimas notícias, a seguir a “névoa” que antecedeu imediatamente a história (fase comumente referida como “a noite dos tempos”), mais adiante a criação da escrita e daí os tempos históricos classicamente divididos em Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

                            Na Teoria das Flechas (sobre a composição geológica), na Teoria dos Lobatos, na Teoria da Forquilha e na Teoria da Expansão dos Sapiens segundo o Modelo da Caverna, tudo está aparecendo em detalhes lógicos bastante precisos e definidos. Anda-se passo a passo, devagarzinho, muito lentamente, explicando-se tudo de modo altamente compreensivo (pelo menos é o que espero). Afinal de contas eles andavam passo a passo, dia após dia. Não davam saltos de mil anos. Como faziam para conquistar uma nova caverna e iniciar a replicação da vida-racional ancestral?

                            Os livros de geo-história são altamente inconsistentes e insatisfatórios, com enormíssimas brechas insanáveis. Ficam lá aqueles vazios, com seu reflexo dentro de nós. A lógica não foi em geral aplicada e há apenas pontos - relativos às minguadas descobertas - frouxamente alinhavados. Falta talvez coragem para projetar as hipóteses lógicas, com receio de perda de prestígio acadêmico. Como não tenho nenhuma glória, não houve o que perder e com isso pude avançar uma quantidade de pensamentos que serão úteis ou não. Como criaram roupas, como domesticaram os animais, quem inventou as drogas, que papel coube a cada um? Investiguei uma quantidade enorme de relações, a partir daquilo que vemos hoje em dia. Por quê é assim ou assado? Porque nos comportamos desse ou daquele jeito? O que deveríamos esperar em tal ou qual situação? O que podemos prever em termos de comportamentos que estejam ocultos? Pois, é claro, toda teoria que se preze deve apontar os fatos já sabidos e fazer uma quantidade de previsões sobre coisas em que não se reparava ou que eram tidos como oriundas de outras composições, agora tornadas ilógicas pela nova teoria.

                            Evidentemente sempre se pretende que os discursos filosóficos passem, através da busca prática, a teorias científicas.

                            Vitória, terça-feira, 23 de novembro de 2004.

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