A/E como Mistura
Relevante da Cultura
A COMPOSIÇÃO DA NACIONALIDADE (da esquerda para a direita
por ordem de chegada)
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1. índios
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2. brancos
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3. negros
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4. amarelos
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BRASIL
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ESPÍRITO
SANTO
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Ora, se é assim, assim deve ser PARA
TUDO, da arquiengenharia a todas as outras tecnartes (veja os textos deste
Livro 104, Psicoplanejamento e Escritórios de Psico-A/E), ao
Conhecimento (Magia/Arte mestiça, Teologia/Religião mulata, Filosofia/Ideologia
miscigenada, Ciência/Técnica misturada, Matemática tupiniquim). Isso não é
anúncio xenofóbico, de horror ao estrangeiro, de modo algum – para melhor
apreciá-los precisamos primeiro ser nós mesmos.
Se a proposta é de conhecimento
RELEVANTE, primeiro deve ser conhecimento, isto é, devemos conhecer mesmo,
conhecer A FUNDO, sem deixar nada a desejar, sem estar abaixo dos outros,
daqueles outros que sendo parentes humanos ainda assim estão em outros
conjuntos (outras PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; outros
AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundos); depois vem a questão
da relevância. Conhecimento já existe muito, mas não abrasileirado ou
tropicalizado, reconduzido para ser DOS TRÓPICOS, aqui-estar (nova convivência
nacional), aqui-ser (nova liberdade do povo), aqui-ter (nova responsabilidade
das elites), devendo-se re-definir (dar novo fim ou finalidade, apontar
OBJETIVOS NOSSOS) o TER-AQUI, o SER-AQUI, o ESTAR-AQUI (e não, digamos, estar
na Europa estando aqui, tendo vergonha de aqui-estar).
Dessa forma os arquiengenheiros
tecnartistas devem aprender psicologia (figuras ou psicanálises dos capixabas,
objetivos ou psico-sínteses dos catarinenses, produções ou economias dos
amazonenses, organizações ou sociologias dos acreanos, espaçotempo ou
geo-história dos cearenses). Todos os das (segundo dizem) 6,5 mil profissões
devem fazê-lo. Devem re-ver o passado, re-ouvir o presente, re-possibilitar o
futuro. Devem re-inventar-se. Devem estudar os povos-origem e os locais de
origem (as Américas antes de Colombo e Cabral; a Europa; a África; a Ásia), o
que é toda uma nova emoção muito aguda e toda uma chance de nova razão.
Então vem a questão da relevância.
O que é relevante?
RE-LEVANDO (para diante, necessariamente;
regredir é um atraso). No Houaiss digital: adjetivo de dois gêneros 1 que
tem relevo, que tem importância 2
que se salienta, que sobressai 3 de grande
valor ou interesse substantivo masculino 4 o essencial, o indispensável.
· O que tem
relevo para os goianos (do passado, do presente, do futuro);
· O que têm
importância para os pernambucanos;
· O que se
salienta para os rio-grandenses (do sul e do norte);
· O que
sobressai para os baianos;
· O que é de
grande valor para os paraenses;
· O que é de
grande interesse para os mineiros;
· O que é
proeminente para os maranhenses;
· O que é de
grande monta para os paulistanos, os fluminenses e os outros todos.
Se a pessoa (profissional ou amadora) não conhece
sua cultura ou nação ou povelite, como pode fazer a MISTURA RELEVANTE? Assim,
para ser o melhor médico não basta saber medicina, é preciso conhecer seu povo
e suas elites; é preciso conhecer, gostar, tornar-se ÍNTIMO-UM com o objeto de
estudo. Fora disso não haverá suficiente pré-ocupação, ocupação prévia,
permanente ocupação mental.
Essa mestiçagem DAS ORIGENS é fundamental para nos
dar o que queremos, a nova identidade 4 x 4 (em que as quatro origens estão
igualmente representadas, valendo quatro, e não dominância-de-uns, digamos os
brancos). Então, a mistura relevante representa mistura ab ovo, quer dizer,
desde as origens, remontando às origens.
Para des-cobrir a relevância é preciso DES-COBRIR
as origens, é fundamental estudar as origens e o quê nos afunilou, isto é, o
que alienou os quatro de sua potência quádrupla, quer dizer, aquilo que no
presente tempo nos estreitou como num funil, aquilo que nos fez não nós mesmos,
mas os outros em nós. Ou seja, como nos fizemos OS OUTROS EM NÓS? Como os
outros vieram nos habitar e nos expulsaram de nós? Como é que ficamos
americanos em nós, deixando de ser brasileiros, como antes éramos franceses e
ingleses, e antes ainda portugueses?
Vitória, domingo, 19 de dezembro de 2004.
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