quarta-feira, 9 de agosto de 2017


A Loucura dos Racionais e os Programas Gerados

 

                            As pessoas se vêem como alma ou espírito, e desde que exista Natureza/Deus (a Natureza vemos que existe; e deve existir Deus, do par polar), Ela/Ele, ELI, então se segue a possibilidade.

                            Entrementes, o modelo diz que cada psicologia é ao mesmo tempo tudo mais da ponte escada, tanto o já realizado como igualmente a potência ou base do porvir. Por exemplo, cada indivíduo é Física/Química, é Biologia/p.2, é Psicologia/p.3, já realizadas nele, e é embasamento do que virá: Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6, até onde for, quer dizer, tiver descendência ou futuro. Os dinossauros estão extintos, não têm descendência não mudada na Terra, ao que saibamos – então se segue que o futuro deles foi extinto e deles nada passou à Psicologia/p.3. Assim, a pendência de sermos ou não espírito (que sobrevive além do biológico/p.2 e do físico/químico) não é motivo para não dizermos que somos programas-máquina, programáquinas que operam; máquinas que giram ou rodam programas, no caso programas que nós mesmos fazemos, autoprogramas (Maturana e Varela diriam “seres autopoiéticos”).

                            Geramos programas.

                            DOIS GÊNEROS DE PROGRAMAS

·       Programas corporais (a mente que cuida do corpo);

·       Programas mentais um (a mente que cuida da mente – como auto-reparação) e PM-2, a mente que puramente pensa.

Evidentemente haverá em cada caso uma Curva do Sino ou de Gauss ou de Distribuição Estatística DE USO, quer dizer, quanto da mente é usado em cada caso; que fração. Uma parte para os PC, uma parte para os PM-1 e outra parte para os PM-2. Claramente, também, a mente foi empurrada pela evolução ou criação para além das necessidades e há uma ociosidade notável das potências do pensar, de forma que muitos programas são gerados. Como o defeito do racional é a racionalidade, eis que ele deve ser centro INSUFICIENTE da chegada de notícias, como centro de uma esfera para a qual convergem dados que não se coadunam completamente. Por definição, pois o racional NÃO PODE obter todos os dados e todas as soluções, que estão ao alcance somente do UM no não-finito. Ora, o racional padece de incompletude e, portanto, tem tendência a enlouquecer, gerando programas de destruição e de autodestruição, programas que ficam girando no vazio em razão justamente do excesso computacional que foi necessário criar para administrar as possibilidades complexas do nível psicológico.

Ser racional é, conseqüentemente, sofrer.

Pois, não podendo (por definição lógica) acessar todos os dados e todos os modos de tratá-los em tempo hábil ele tenderá a ciclos fechados, o que na eletricidade é chamado de curto circuito, circuito curto, um laço de superalimentação, um feedback positivo e destrutivo.

Dado que há uma CS para PM-2 a Curva do Sino age novamente e devemos esperar que 2,5 % quase nunca padeçam de loucura e sejam por natureza equilibrados; 47,5 % pouco, 47,5 % muito e 2,5 % todo o tempo.

Ser racional é candidatar-se a isso.

Daí que a loucura e os furtos e roubos nunca vão estar completamente ausentes. E se os políticos prometem acabar com o crime, a marginalidade e as doenças mentais não sabem o que dizem, o que nos permite separar os falsos dos verdadeiros (estes são apenas os que assumem que tudo é muito difícil e é melhor ser simples).

Vitória, domingo, 28 de novembro de 2004.

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