A Loucura dos
Racionais e os Programas Gerados
As pessoas se vêem
como alma ou espírito, e desde que exista Natureza/Deus (a Natureza vemos que
existe; e deve existir Deus, do par polar), Ela/Ele, ELI, então se segue a
possibilidade.
Entrementes, o modelo
diz que cada psicologia é ao mesmo tempo tudo mais da ponte escada, tanto o já
realizado como igualmente a potência ou base do porvir. Por exemplo, cada
indivíduo é Física/Química, é Biologia/p.2, é Psicologia/p.3, já realizadas
nele, e é embasamento do que virá: Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e
Dialógica/p.6, até onde for, quer dizer, tiver descendência ou futuro. Os
dinossauros estão extintos, não têm descendência não mudada na Terra, ao que
saibamos – então se segue que o futuro deles foi extinto e deles nada passou à
Psicologia/p.3. Assim, a pendência de sermos ou não espírito (que sobrevive
além do biológico/p.2 e do físico/químico) não é motivo para não dizermos que
somos programas-máquina, programáquinas que operam; máquinas que giram ou rodam
programas, no caso programas que nós mesmos fazemos, autoprogramas (Maturana e
Varela diriam “seres autopoiéticos”).
Geramos programas.
DOIS GÊNEROS DE PROGRAMAS
·
Programas
corporais (a mente que cuida do corpo);
·
Programas
mentais um (a mente que cuida da mente – como auto-reparação) e PM-2, a mente
que puramente pensa.
Evidentemente haverá em cada caso uma
Curva do Sino ou de Gauss ou de Distribuição Estatística DE USO, quer dizer,
quanto da mente é usado em cada caso; que fração. Uma parte para os PC, uma
parte para os PM-1 e outra parte para os PM-2. Claramente, também, a mente foi
empurrada pela evolução ou criação para além das necessidades e há uma
ociosidade notável das potências do pensar, de forma que muitos programas são
gerados. Como o defeito do racional é a racionalidade, eis que ele deve ser
centro INSUFICIENTE da chegada de notícias, como centro de uma esfera para a
qual convergem dados que não se coadunam completamente. Por definição, pois o
racional NÃO PODE obter todos os dados e todas as soluções, que estão ao
alcance somente do UM no não-finito. Ora, o racional padece de incompletude e,
portanto, tem tendência a enlouquecer, gerando programas de destruição e de
autodestruição, programas que ficam girando no vazio em razão justamente do excesso
computacional que foi necessário criar para administrar as possibilidades
complexas do nível psicológico.
Ser racional é, conseqüentemente,
sofrer.
Pois, não podendo (por definição
lógica) acessar todos os dados e todos os modos de tratá-los em tempo hábil ele
tenderá a ciclos fechados, o que na eletricidade é chamado de curto circuito,
circuito curto, um laço de superalimentação, um feedback positivo e destrutivo.
Dado que há uma CS para PM-2 a Curva
do Sino age novamente e devemos esperar que 2,5 % quase nunca padeçam de
loucura e sejam por natureza equilibrados; 47,5 % pouco, 47,5 % muito e 2,5 %
todo o tempo.
Ser racional é candidatar-se a isso.
Daí que a loucura e os furtos e roubos
nunca vão estar completamente ausentes. E se os políticos prometem acabar com o
crime, a marginalidade e as doenças mentais não sabem o que dizem, o que nos
permite separar os falsos dos verdadeiros (estes são apenas os que assumem que
tudo é muito difícil e é melhor ser simples).
Vitória, domingo, 28 de novembro de
2004.
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