A Fatal Perversão do
Modelo
Sabendo dos ciclos o
que nos motiva a fazer as coisas?
Pois é certo que
tudo será pervertido, como foram as coisas que Cristo trouxe ao mundo, só para
falar dele, que está em ponto alto; a Igreja universal durante largo tempo de
trevas as perverteu e tornou o contrário do que tinham sido, o inverso daquilo para
o que tinham sido criadas.
Adotei então a
postura de pensar que os ritmos dos ciclos trazem de volta a correção com o
tempo certo, no retorno do círculo, no completamento. Pois já vi várias das
coisas que cedi serem imperfeitamente usadas, ou comprometidas em sua
funcionalidade, desde já a saída, desde o começo, desde tão próximo de sua
criação. É fatal, é inevitável, e poderia levar as pessoas que criam ao
desespero. Se vão perverter as obras dos santos, de que vale a santidade? Ora,
é infalível que o tecido mais branco vá escurecendo e se torne o contrário do
que era antes; mas o retorno do ciclo recuperará sua brancura com o passar das
eras. Seria melhor se ele não tivesse sido apresentado ao mundo e jamais
soubéssemos, por puro medo de fazer, da existência da brancura? De jeito algum!
Se uma pessoa tem o destino de ficar cega aos 40 anos, teria sido melhor se
nunca tivesse visto a luz até então? Pois se haverá amargura nos anos restante
haverá então a ajuda da massividade das notícias de antes como conforto. E se
ela fosse voltar a enxergar? Teria sido melhor que tivesse nascido cega? Menos
ainda!
Que o modelo, criado
para confortar a humanidade, será pervertido e transformado em seu oposto eu o
sei desde o começo, pois o mundo é estatístico: o objetivo não é tornar bons os
que já o são, é passar os ruins pelo crisol do aprendizado da bondade.
Vitória, domingo, 05
de dezembro de 2004.
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