sexta-feira, 11 de agosto de 2017


A Descendência das Primeiras Ruas

 

                            Hoje as ruas nos parecem completamente naturais e nem saberíamos mais viver sem elas. Como mostrei e pede a dialética, antigamente deve ter sido o contrário disso. Elas surgiram nas pós-cavernas, depois de o borbulhamento para fora ter produzido os primeiros aglomerados de grande volume e área, assim dificultando sobremaneira a circulação, com enorme peso para a memória.

O CONTRÁRIO DISSO (é aquilo; mas nunca nos lembramos) – a rua está em evolução, como qualquer objeto.

·       Inicialmente não passavam de bolhas (precursoras dos quartos atuais – eram necessariamente redondas em volta e abobadadas, imitando as cavernas) velhas com paredes desabadas;

·       Depois deviam ser apenas buracos cavados, em linha reta ou não;

·       Aí já separavam duas ou mais bolhas, o que foi um avanço significativo;

·       A seguir várias “casas” ficaram separadas;

·       Linhas curvas e retas totalmente distintas dilaceraram as primeiras comunidades;

·       Ruas com saída (as primeiras eram becos estreitíssimos, sem saída);

·       Ruas longas e muito longas;

·       Ruas largas e muito largas;

·       Praças;

·       Ruas calçadas;

·       Ruas asfaltadas e tudo isso que conhecemos hoje.

Não há uma descrição tão longa das ruas, nem exposição completa de sua evolução geo-histórica e pré-GH, desde as pós-cavernas e as pré-cidades em todas as fases e em todos os continentes.

De modo algum elas nasceram grandes e belas como nós as conhecemos. Como os bois e as vacas, eram mirradinhas no início e os arquitetos e engenheiros mal as conheceriam hoje se elas fossem apresentadas. Seria ótimo descobrir alguns exemplares de cada fase.

Vitória, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004.

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