A Descendência das
Primeiras Ruas
Hoje as ruas nos
parecem completamente naturais e nem saberíamos mais viver sem elas. Como
mostrei e pede a dialética, antigamente deve ter sido o contrário disso. Elas
surgiram nas pós-cavernas, depois de o borbulhamento para fora ter produzido os
primeiros aglomerados de grande volume e área, assim dificultando sobremaneira
a circulação, com enorme peso para a memória.
O
CONTRÁRIO DISSO
(é aquilo; mas nunca nos lembramos) – a rua está em evolução, como qualquer
objeto.
·
Inicialmente
não passavam de bolhas (precursoras dos quartos atuais – eram necessariamente
redondas em volta e abobadadas, imitando as cavernas) velhas com paredes
desabadas;
·
Depois
deviam ser apenas buracos cavados, em linha reta ou não;
·
Aí
já separavam duas ou mais bolhas, o que foi um avanço significativo;
·
A
seguir várias “casas” ficaram separadas;
·
Linhas
curvas e retas totalmente distintas dilaceraram as primeiras comunidades;
·
Ruas
com saída (as primeiras eram becos estreitíssimos, sem saída);
·
Ruas
longas e muito longas;
·
Ruas
largas e muito largas;
·
Praças;
·
Ruas
calçadas;
·
Ruas
asfaltadas e tudo isso que conhecemos hoje.
Não há uma descrição tão longa das
ruas, nem exposição completa de sua evolução geo-histórica e pré-GH, desde as
pós-cavernas e as pré-cidades em todas as fases e em todos os continentes.
De modo algum elas nasceram grandes e belas
como nós as conhecemos. Como os bois e as vacas, eram mirradinhas no início e
os arquitetos e engenheiros mal as conheceriam hoje se elas fossem
apresentadas. Seria ótimo descobrir alguns exemplares de cada fase.
Vitória, sexta-feira, 03 de dezembro
de 2004.
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