A Doutrinação dos
Meninos
Mais e mais me
aprofundo na lógica-dialética do Modelo da Caverna, de forma que vão
despontando novas dúvidas.
Como já tínhamos
definido, homens e mulheres são duas espécies diferentes; o homem instala o
predador no útero da mulher, que sofre à bessa em cada gestação. Os homens
constituem um grupo em geral grosseiro, quando comparado às mulheres: têm
muitos pêlos, cospem de banda, arrotam a qualquer instante e em qualquer lugar,
são enfim mal-educados, e é de pensar como é que as mulheres nos aceitam, elas
que são incomparavelmente mais finas e doces (mas tem lá seus defeitos, que os
méritos dos homens compensam – a Natureza foi sábia).
Alguns homens, sendo
mais fortes, batem em mulheres.
Olhemos a caverna:
aos 13 anos, digamos (para conservar a tradição judia), os meninos que tinham
sido criados até então pela LÍNGUA DAS MULHERES passam para a mão dos homens e
vão ser treinados como guerreiros, quer dizer, como homens adultos
necessariamente duros e possivelmente violentos.
Se esses meninos vão
futuramente tender a ser violentos parceiros não seria útil que as mulheres os
doutrinassem? Não seria interessante se elas se dedicassem mais a eles do que
às filhas? Não estará aí a razão da nítida preferência das próprias mulheres em
relação aos filhos, desconsideração geral pelas meninas, em toda parte do
mundo? Se tenho dentro de casa um futuro inimigo não é do maior interesse
ensiná-lo a me amar e respeitar? Se isso foi feito ainda devem restar traços na
psicologia coletiva dos meninos até 13 anos (ou que idade tenha sido a da
transição ou rito de passagem); pesquisando com certo cuidado deve ser possível
identificar os resíduos de criação. Faria todo sentido essa superamizade das
mães (todas e cada uma) e das meninas, para que os meninos se lembrassem mais
tarde. Por outro lado, onde não tenha havido esse tipo de criação irão sair
adultos violentos, o que também pode ser trilhado. Existirão sociedades, em
correspondência altíssima ou total, onde meninos criados longe de mães e irmãs
amorosas produzem homens violentos e cruéis, psicopatas e sociopatas?
Vitória,
quinta-feira, 13 de novembro de 2003.
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