Linha Chamativa de Estudos

 

                            Sendo anarco-comunista sou anárquico, mais que anarquista (porque todo “ismo” é doença do info-controle mais apto, agoraqui a psicologia e a geo-história da humanidade), porisso prezo a condução através do caos até a ordem. Como disse nosso amigo GHB, os professores dão duro dois anos para montar logo no início de suas carreiras uma apostilha e pelos anos seguintes todos até a aposentadoria vivem daquela comodidade (e a aposentadoria também terá sido construída sobre aqueles dois únicos anos de procura).

                            Ora, essa nova linha, guiando-se pelas palavras e os apelos que elas fizessem, constituiria um caminho paralelo ao currículo protocolar, aquele que é imposto pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) do Brasil e logo abaixo pelas correspondências nos estados, as secretarias de educação, numa fixidez bastante não-salutar. O que é linha? O que é chamativa? O que é estudo? De pergunta em pergunta seguiríamos por uma árvore até a raiz dos problemas, por meio de um apelo filosófico e ideológico, mais que científico e técnico, de início, prosperando para eles e todo o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, ciência/Técnica e Matemática) até as pontescadas científica e técnica, qualquer nível de profundidade, inscrevendo-se na escola os generalizadores, os generalistas, os que vão até muito além do específico e do determinado nas carreiras.

                            Seria um colégio diferente, dado a contestações do saber oficial e porisso mesmo muito visado e castigado pelo poder estabelecido. Contestando o saber formal descobriria muitas coisas, para além de agradar plenamente tanto alunos quanto os novos professores, estes retornando à senda DA BUSCA, da pesquisa, da observação continuada durante toda a vida. Sem dúvida uma vida de trabalho intenso e sem folga, porém muito satisfatória, plena de realizações, de se chegar esgotado ao final dela, mas com o sentido do dever completamente cumprido.

                            Não haveria qualquer apostilha nem grade curricular e sim registros para releitura, que por sua vez constituiriam matéria para documentários, CD’s e DVD’s, livros de descobertas, base para patentes e idéias, algo de bem proveitoso.

                            Vitória, sábado, 10 de janeiro de 2004.