Exposição da Parede
Acho que ninguém
nunca olhou a parede de frente, tète a tète, testa a testa, face a face, olho
no olho – a Parede geral e o Tecnartista geral, uma querendo favorecer o outro
e vice-versa. Geralmente pegam a parede e vão colocando coisas nela, de
lâmpadas a tapetes, quadro, vasos, o que for, mas não a usam AMPLAMENTE como
foco - objetivo único, pontual -, como linha de colocação, como plano de
desenho e como espaço de construção, neste caso na tridimensionalidade
avançando contra-a-favor da sala ou o espaço onde se encontre.
Pois as paredes se
encontram no espaçotempo ou geo-história psicológica, humana ou racional e
devem bem representar essa qualidade/quantidade de fazeres humanos. Deve servir
de base para essa desejada EXPRESSÃO GERAL DA HUMANIZAÇÃO. Milhares e milhares
de composições tecnartísticas privadas (PARA PESSOAS: indivíduos, famílias,
grupos e empresas) e públicas (PARA AMBIENTES: cidades/municípios, estados,
nações e mundo) em baixo e alto relevo, com objetos, com pinturas, desenhos,
fotografias.
Observe que,
geralmente, as paredes são tomadas como telas ou planos nos quais são
justapostos objetos, quase nunca se projetando no espaço que delimitam (tanto
são planas quanto são tomadas como limites dos espaços cúbicos ou paralelepidais).
Deveríamos pensá-las como parte do espaço maior à volta, até mesmo sendo um
plano vertical que de um e de outro lado se propaga no espaço onde esteja
inserido. Pode-se entender, no Modelo da Caverna, que a parede fosse sempre o
fundo, o limite, a posição mais extremada e terminal, ao passo que agora não
precisa mais ser assim, o tempo é outro.
Porisso é preciso
realizar um Congresso Mundial da Parede
de que participem as nações interessadas (deveriam ser todas, porque há paredes
em todos os lugares da Terra).
Vitória,
quarta-feira, 14 de janeiro de 2004.
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