sábado, 29 de abril de 2017


Exposição da Parede

 

                            Acho que ninguém nunca olhou a parede de frente, tète a tète, testa a testa, face a face, olho no olho – a Parede geral e o Tecnartista geral, uma querendo favorecer o outro e vice-versa. Geralmente pegam a parede e vão colocando coisas nela, de lâmpadas a tapetes, quadro, vasos, o que for, mas não a usam AMPLAMENTE como foco - objetivo único, pontual -, como linha de colocação, como plano de desenho e como espaço de construção, neste caso na tridimensionalidade avançando contra-a-favor da sala ou o espaço onde se encontre.

                            Pois as paredes se encontram no espaçotempo ou geo-história psicológica, humana ou racional e devem bem representar essa qualidade/quantidade de fazeres humanos. Deve servir de base para essa desejada EXPRESSÃO GERAL DA HUMANIZAÇÃO. Milhares e milhares de composições tecnartísticas privadas (PARA PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas) e públicas (PARA AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo) em baixo e alto relevo, com objetos, com pinturas, desenhos, fotografias.

                            Observe que, geralmente, as paredes são tomadas como telas ou planos nos quais são justapostos objetos, quase nunca se projetando no espaço que delimitam (tanto são planas quanto são tomadas como limites dos espaços cúbicos ou paralelepidais). Deveríamos pensá-las como parte do espaço maior à volta, até mesmo sendo um plano vertical que de um e de outro lado se propaga no espaço onde esteja inserido. Pode-se entender, no Modelo da Caverna, que a parede fosse sempre o fundo, o limite, a posição mais extremada e terminal, ao passo que agora não precisa mais ser assim, o tempo é outro.

                            Porisso é preciso realizar um Congresso Mundial da Parede de que participem as nações interessadas (deveriam ser todas, porque há paredes em todos os lugares da Terra).

                            Vitória, quarta-feira, 14 de janeiro de 2004.

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