O Caminho dos
Iluminados
Os iluminados são
poucos (Cristo, Buda, Maomé, Moisés, Abraão, Gandhi, Clarice Lispector,
Vardamana, Lao Tse, Confúcio, Zaratustra, etc.) e sofrem uma barbaridade até
alcançarem seu caminho, que é sempre diferente, você sabe, mas parece fazer
parte de um projeto geral inescrutável. Não é à toa que sofrem tanto assim,
devem arranjar uma solução que valha para toda a humanidade e não apenas a
presente, mas também a do futuro e a do passado, porque depois dele o passado é
reconstruído (como é para qualquer dos níveis: povo, lideranças, profissionais,
pesquisadores, estadistas, santos/sábios e iluminados – mas as alterações
promovidas pelos populares não mudam quase nada) e muitas coisas que não eram
vistas passam a ser. Em virtude da soma zero, tudo que eles sofrem volta ao
coletivo como benefícios, derivadas de suas virtudes específicas. Por séculos e milênios reina
relativo equilíbrio no seio da humanidade e as coisas prosperam bastante, dão
grandes saltos, embora não se possa perceber logo.
Então, depois de
todo esse trabalho um esperto qualquer da revista Superinteressante 195, 12/03, p. 56, escreveu a matéria “O Homem que Inventou Cristo”, falando
da propaganda de São Paulo. Jesus não é um produto que a agência de propaganda
amplia ao fazer publicidade – TUDO que virá depois já está em potência nos
iluminados. E há neles coisas que nem foram vistas ainda, mesmo depois de
milênios; ainda há coisas em Abraão que vão continuar repercutindo no
espaçotempo terrestre mesmo depois de 3,8 mil anos. A petulância desses
ignorantes é de doer! Aí é que se insere o dito popular: “quem não sabe rezar
xinga Deus”, ou seja, quem não saber escrever não escreva. Quem não sabe pensar
deve pensar pelos outros? Estamos a fim de melhorar, não de piorar; gente assim
só vem para atrapalhar, a título de criar polêmica para vender papel. É triste!
Vitória,
terça-feira, 06 de janeiro de 2004.
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