quarta-feira, 26 de abril de 2017


Filmes Diferentes

 

                            Quando foi lançado em 1968, o filme de Stanley Kubrick - 2001, Uma Odisséia no Espaço - se tornou um marco da FC, chamada erradamente ficção científica (porque, como digo e repito, só quem faz ficção científica são os cientistas – e por vezes eles se esmeram bastante na ficção deles). Quando foi a vez de O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson, a trilogia que começou em 2001 e terminou de se apresentar em 2003 (A Sociedade do Anel, As Duas Torres, O Retorno do Rei – baseados nos livros de Tolkien), ele se tornou também um marco, desta vez na fantasia, conduzindo todos os que virão depois – ou serão menores, ou iguais ou maiores, mas não poderão deixar de ser referenciados. Um filme-marco se torna realmente isso, um limite, uma demarcação, algo que estabelece parâmetros de filmagem e de enredo para depois: os filmes A ficam com a obrigação de tentar competir. Para a nova FC o novo marco é a hexalogia de George Lucas, Guerra nas Estrelas, passando antes os episódios IV, V e VI e agora o I, II e o III, este por sair em 2004. Quem não se mirará neles para filmar ou para ver?

                            Em relação a tudo a geo-história do cinema deveria se mirar em tais marcos, em cada área ou gênero da filmografia, para delimitar o que veio antes e o que está vindo depois.

                            Os pesquisadores deveriam apontar os marcos, independentemente de os filmes terem ou não ganhado Oscar ou quaisquer outros prêmios locais ou mundiais. Com mais de 100 anos de Cinema e dezenas de milhares de filmes será realmente trabalhoso fazer esse levantamento, mas as academias ou institutos universitários tem muita gente e tempo de sobra, de modo que a tarefa é atribuível, até porque precisamos alçar o Cinema a novos patamares de eficácia e beleza.
                            Vitória, sábado, 10 de janeiro de 2004.

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