Os Tipos de Sacolas
Quando pensamos numa
sacola vem uma imagem definida de um saco com laço, um bornal, algo que se pode
passar pelo ombro, para carregar cosias que as mãos não poderiam levar; pesos
maiores, volumes maiores, maior número de objetos, algo além da capacidade
natural das mãos – um adjutório, uma ajuda poderosa, que deve ser mais bem
visualizada. Mas a coisa não é tão simples assim, bastando olhar mentalmente em
volta do Modelo da Caverna para as mulheres coletoras que saem para colher.
AS SACOLAS TRAZIAM AS MENTES DAS MULHERES
·
Sacolas
de galhos;
·
Sacolas
de pedras;
·
Sacolas
de água (vasilhas e vasos);
·
Sacolas
de animais pequenos;
·
Sacolas
de tubérculos;
·
Sacolas
de folhas;
·
Sacolas
de carregar crianças (bolsas costais ou de peito);
·
Sacolas
de barros,
·
etc.
Logo houve especialização, a mente
humana não pára de pensar. As mulheres passaram os dez milhões de anos dos
hominídeos fazendo o quê, senão pensando? Certamente eles e depois os sapiens
não prosperaram à custa de nada. Assim sendo, as sacolas se especializaram
tremendamente, mesmo em tempos pré-históricos, antes de 5,5 mil anos atrás, e
mais ainda recentemente, Mas, em todo caso, os criadores de sacolas devem se
voltar para a dialógica, o diálogo-de-mundo das sacolas ao criarem-nas. Devem
pensar se são para homens caçadores que vão a grandes distâncias ou para
mulheres que vão pegar isto ou aquilo nas distâncias dos anéis de permissão,
distando 500 metros, dois quilômetros ou o que for. Como tudo as sacolas foram
mal-estudadas, até porque presumimos que sem pensar nelas suficientemente
poderíamos conhecê-las, como quem tem larga convivência com outrem e pensa
poder dizer tudo dessa criatura. Quantos são os tipos de sacolas?
Penso que deve ser criado um Museu da Sacola (e toda bolsa, bornal,
qualquer forma de transportar mais que o que cabe nos braços).
Vitória, quarta-feira, 07 de janeiro
de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário