A Grande Caverna
Pública
Conforme já vimos,
se as mulheres viviam em cavernas se segue que os milhões de anos passados
nelas nos condicionaram como PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas)
DE CAVERNAS, pelo menos pelo lado feminino. Embora os homens sejam do exterior,
do campo aberto, e a soma oculte as polaridades, ainda somos metade cavernícolas.
As praças públicas
abertas e sem proteção devem soar pavorosas no íntimo das mulheres, que se
julgam ali indefesas. Para elas o ambiente ideal seria (pelo menos no Modelo
das Cavernas, porque existem outras três modalidades sapiens, segundo penso)
fechado, recluso, interno, sem possibilidade de violações vinda de fora.
Os urbanistas e os
arquiengenheiros que fazem praças são homens, ou tem sido, e não miraram os
desejos efetivos das mulheres de proteção e abrigo; assim sendo, os
construtores puseram em prática suas idéias do que fossem ambientes esperados:
o campo devassado, sem qualquer obstáculo, com aberturas em quaisquer direções
e sentidos para fuga imediata. Contudo, isso contraria o espírito das mulheres,
segundo penso. Para elas e as filhas e filhos o desejável seria o que está
posto nos artigos deste Livro 50, Casa
de Vidro, Vendendo Casas às Mulheres,
Círculos de Permissão e outros, e
outros dos demais livros.
Quiséssemos
realmente agradar às mulheres e às crias (que dependem de seus sinais
inconscientes de alarme e das vozes de advertência da Língua das Mulheres)
deveríamos: 1) pesquisar sua psicologia em laboratório; 2) consultá-las. E só
então fazer praças, para seu (e nosso) maior prazer. Como está feita a coisa é
unilateral, como tem sido quase tudo.
Vitória, terça-feira,
18 de novembro de 2003.
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