terça-feira, 4 de abril de 2017


A Grande Caverna Pública

 

                            Conforme já vimos, se as mulheres viviam em cavernas se segue que os milhões de anos passados nelas nos condicionaram como PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) DE CAVERNAS, pelo menos pelo lado feminino. Embora os homens sejam do exterior, do campo aberto, e a soma oculte as polaridades, ainda somos metade cavernícolas.

                            As praças públicas abertas e sem proteção devem soar pavorosas no íntimo das mulheres, que se julgam ali indefesas. Para elas o ambiente ideal seria (pelo menos no Modelo das Cavernas, porque existem outras três modalidades sapiens, segundo penso) fechado, recluso, interno, sem possibilidade de violações vinda de fora.

                            Os urbanistas e os arquiengenheiros que fazem praças são homens, ou tem sido, e não miraram os desejos efetivos das mulheres de proteção e abrigo; assim sendo, os construtores puseram em prática suas idéias do que fossem ambientes esperados: o campo devassado, sem qualquer obstáculo, com aberturas em quaisquer direções e sentidos para fuga imediata. Contudo, isso contraria o espírito das mulheres, segundo penso. Para elas e as filhas e filhos o desejável seria o que está posto nos artigos deste Livro 50, Casa de Vidro, Vendendo Casas às Mulheres, Círculos de Permissão e outros, e outros dos demais livros.

                            Quiséssemos realmente agradar às mulheres e às crias (que dependem de seus sinais inconscientes de alarme e das vozes de advertência da Língua das Mulheres) deveríamos: 1) pesquisar sua psicologia em laboratório; 2) consultá-las. E só então fazer praças, para seu (e nosso) maior prazer. Como está feita a coisa é unilateral, como tem sido quase tudo.

                            Vitória, terça-feira, 18 de novembro de 2003.

                   

Nenhum comentário:

Postar um comentário