quinta-feira, 27 de abril de 2017


Repartindo e Rejuntando a Alma da Coletora

 

                            Já vimos que as fêmeas (mas não as pseudofêmeas) e os pseudomachos (mas não os machos) dependem de TENDO SAÍDO DE CASA (um modo de evitar é ficar em casa, dentro da correspondente atual da antiga caverna) sempre trazer alguma coisa ou vão ficar com um buraco dentro de si, um vazio que, se repetido muitas vezes, levará inequivocamente a doenças mais ou menos sérias, de agudas a crônicas até, neste caso, incuráveis. Mulheres que fossem SISTEMATICAMENTE impedidas de comprar se tornariam rapidamente psico e sociopáticas.

                            Acontece que as vidas foram multiplicadas, entre a pré-história e hoje, de 35 para 75 anos e mais, acrescentados 40 anos, mais do que duplicadas nos países centrais, chegando a expectativas de vida de até 85 anos. As mulheres (isso poderá ser observado: se as meninas sentem compulsão de levar coisas para casa), contando-se desde a menstruação apenas, digamos desde os 15 anos teriam até os 75 nada menos de 60 anos de compras e isso multiplicado pelos dias dará (60 x 365,25 =) quase 22 mil dias, que se de um lado é ótima notícia para os vendedores é preocupante anúncio para as famílias, porque livrar as mulheres de sua presumida doença de NÃO-COMPRAR significará diminuir as poupanças familiares, a menos que se possa distribuir essas compras de MAIS DE VINTE MIL OBJETOS ao longo dos anos, adquirindo-se miudezas a cada dia, de modo a salvá-las sem comprometer os orçamentos. As mulheres não juntam tranqueiras porque pensam nisso, não é consciente, não é culpa delas o excesso, elas foram treinadas para isso por dez milhões de anos e não conseguiriam agora se separar de suas compulsões hormonais e moleculares. Com isso todos nós deveremos ajudar PORQUE as amamos e porque se elas adoecerem nós adoeceremos também – é inseparável.

                            Vitória, sábado, 10 de janeiro de 2004.

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