Repartindo e
Rejuntando a Alma da Coletora
Já vimos que as
fêmeas (mas não as pseudofêmeas) e os pseudomachos (mas não os machos) dependem
de TENDO SAÍDO DE CASA (um modo de evitar é ficar em casa, dentro da
correspondente atual da antiga caverna) sempre trazer alguma coisa ou vão ficar
com um buraco dentro de si, um vazio que, se repetido muitas vezes, levará
inequivocamente a doenças mais ou menos sérias, de agudas a crônicas até, neste
caso, incuráveis. Mulheres que fossem SISTEMATICAMENTE impedidas de comprar se
tornariam rapidamente psico e sociopáticas.
Acontece que as
vidas foram multiplicadas, entre a pré-história e hoje, de 35 para 75 anos e
mais, acrescentados 40 anos, mais do que duplicadas nos países centrais,
chegando a expectativas de vida de até 85 anos. As mulheres (isso poderá ser
observado: se as meninas sentem compulsão de levar coisas para casa),
contando-se desde a menstruação apenas, digamos desde os 15 anos teriam até os
75 nada menos de 60 anos de compras e isso multiplicado pelos dias dará (60 x
365,25 =) quase 22 mil dias, que se de um lado é ótima notícia para os
vendedores é preocupante anúncio para as famílias, porque livrar as mulheres de
sua presumida doença de NÃO-COMPRAR significará diminuir as poupanças
familiares, a menos que se possa distribuir essas compras de MAIS DE VINTE MIL
OBJETOS ao longo dos anos, adquirindo-se miudezas a cada dia, de modo a
salvá-las sem comprometer os orçamentos. As mulheres não juntam tranqueiras
porque pensam nisso, não é consciente, não é culpa delas o excesso, elas foram
treinadas para isso por dez milhões de anos e não conseguiriam agora se separar
de suas compulsões hormonais e moleculares. Com isso todos nós deveremos ajudar
PORQUE as amamos e porque se elas adoecerem nós adoeceremos também – é
inseparável.
Vitória, sábado, 10
de janeiro de 2004.
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