sexta-feira, 28 de abril de 2017


A Previsão de Clara

 

                            Por anos a fio - na tentativa de associar as enchentes ao ciclo de 11 anos de machas solares – errei na previsão delas, até que Clara, minha filha considerou a de 2003/2004 paralela à de 1996, quando estava em Afonso Cláudio, interior do Espírito Santo, pelo quê o ciclo seria de sete anos, o que devemos averiguar.

                            Olhando assim, ciclo de sete anos, deveríamos considerar 2003, 1996, 1989, 1982, 1975, 1969, mas sei de ter vivido que houve uma em Linhares, grande, em 1979, e outra também grande em 1966, de forma que destoa ligeiramente. Não podemos ficar acomodando: ou vale ou não vale. Diminuindo e dividindo [ (2003 – 1979) /2 =] 12, que dividido de novo por dois dá seis, que deve ser o ciclo real. Então, teríamos: 2003 1997 1991 1985 1979 1973 1967 1961 1955 1949 e assim sucessivamente, vá procurar nos jornais e nos dados meteorológicos. Agora, sendo a de 1979 grande, a próxima grande deveria ficar em (1979 – 12 =) 1967 e de fato houve uma em 1966. Teríamos enchentes grandes em 1967, 1967 + 12 = 1979, 1979 + 12 = 1991, 1991 + 12 = 2003, 2003 + 12 = 2015 e por aí afora. Por outro lado, seriam pequenas ou fracas as de 1961, 1961 + 12 = 1973, 1973 + 12 = 1985, 1985 + 12 = 1997, 1997 + 12 = 2009, daqui a seis anos, quer dizer, crista elevada, crista reduzida, crista alta da onda, crista baixa da onda e segue.

                            Como estivemos conversando, as enchentes interferem no espaço humano, na geografia, e no tempo humano, na história, de modo que causando assim danos psicológicos e em especial socioeconômicos deveriam preocupar os governempresas, devendo dispor estes de capacidade de previsão no sentido de preparar a Defesa Civil.

                            Também pode ser que esse ciclo esteja associado ao El Nino (em espanhol O Menino), o fenômeno meteorológico que interfere no globo inteiro. Se for verdadeiro, então podemos mapear a superfície da Terra, porque o modelo diz que TUDO é de soma zero, ou seja, quando não esteja se dando num lugar se dará noutro – teremos, depois do mapeamento, uma espécie de mapa topográfico, só que agora pluvial.

                            Vitória, quarta-feira, 14 de janeiro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário