As Muitas Mentes
Humanas
Já desenvolvi o tema
sob o ponto de vista físico-espacial, quer dizer, da presença da mente total
atual espalhada no corpo e há pelo menos oito seções, procure lá para trás. Agoraqui
vamos ver sob a ótica temporal. Veja no Anexo dois artigos (Arcabouço Pré-Sapiens, Livro 55, e O Próximo Salto, Livro 54) que embasam a
este.
O fator seguinte
para trás seria (8,9 + 1,2 =) 10,1, que multiplicado por 9,4 milhões e somado a
10,7 milhões daria (10,1 x 9,4 + 10,7 =) = 105,6 milhões de anos, em tese o
tempo de duração dos primatas, desde os primórdios do surgimento do primeiro
espécime, modificado dos mamíferos.
Temos de Koestler a
idéia dos três cérebros (mentes): 1) reptiliano, 2) mamífero, 3) humano, o
neocórtex.
OS
CÉREBROS DENTRO DO HUMANO
(como esferas cada vez menores, mas tremendamente ativas, sempre mais para
dentro)
1. Dos fungos;
2. Das plantas;
3. Dos animais (reptiliano e mamífero,
dois);
4. Dos primatas (por 105 milhões de
anos):
5. Dos hominídeos (por 10,5 milhões de
anos);
6. Dos sapiens (por 100, 50 ou 35 mil
anos, conforme as avaliações dos hominídeos) – é o neocórtex;
7. Da geo-história (o humano-escrito,
desde 3,5 mil anos antes de Cristo).
Então, aqui também são oito. É claro
que as amebas deixaram rastros pequenos dentro de nós, porque a mente delas era
ínfima. Mas, lembre-se, isso é como uma casa em que a tinta-sábia humana se
sobrepõe à alvenaria anterior; embora fique muito mais bonito ela é apenas uma
capa, uma superfície temporalmente insignificante, uma laca, uma cobertura, realmente
uma tintura.
OS
HUMANOS SONHAM
·
Sonhos
fúngicos;
·
Sonhos
arbóreos;
·
Sonhos
reptilianos;
·
Sonhos
mamíferos;
·
Sonhos
primatas;
·
Sonhos
hominídeos;
·
Sonhos
sapiens (sonhos racionais);
·
Sonhos
GH (estes últimos são recentíssimos, de 5,5 mil anos apenas – sonhos
civilizados, superacionais).
Foi dos SONHOS GH que Freud falou, mas
tudo despontava em torvelinho, em tumulto - vazão daquela tempestade mental
interior querendo sair -, todos falando por um buraco pequeno, um furinho de
nada. Há sonhos e pesadelos muito mais profundos e ainda obedecemos a eles,
especialmente aos parentes mais próximos, aos hominídeos e aos primatas. Quando
acossados nos desvestimos da civilização, da racionalidade e voltamos aos
tempos antigos, QUANTO MAIOR FOR A PRESSÃO – no limite agiremos como fungos.
Investigando como sonhamos poderemos saber como eles eram - os primatas (não
existem hominídeos, fora dentro de nós – os neanderthais com certeza foram
incorporados), os mamíferos e os outros seres, cada vez mais para trás? Através
dos comportamentos deles agora saberemos quais dos nossos sonhos se assemelham
a essas suas condutas? Daí ser fundamental mapear com urgência os sonhos.
Quando estamos agindo na
geografia-espaço e na história-tempo de agoraqui estamos expressando nossos
medos antigos. Por exemplo, quando uma firma é conquistada, ela se torna despojo
de caça e ela será estraçalhada como eram as carnes pelos hominídeos. Em tudo
que fazemos hoje há a marca antiga, inclusive no sexo, e sempre que nos
desvestimos de nossa superazão e razão, quando eliminamos os últimos 100, 50 ou
35 mil anos estaremos sendo hominídeos e primatas.
Mas a razão é um freio poderoso, de
modo que enquanto não a afastarmos nos comportaremos como racionais (como PESSOAS:
como indivíduos, como famílias, como grupos e como empresas; como AMBIENTES:
como cidades/municípios, como estados, como nações e como mundo - racionalidade
cada vez mais alta, apurada e fina). Contudo, toda vez que por meio de bebida,
de fumo (o comum e o de canabis sativa, maconha ou marijuana), de drogas, de
emoções fortes (como na política ou em grupo) alterarmos nossa posição, nos afastando
das travas e deixando exposta a libido, estaremos recorrendo às potências
antigas desenfreadas.
Daí que, LEGITIMAMENTE, os psicólogos
poderão falar de estágios ou estados de putrefação da civilização ou da
racionalidade.
ESTÁGIOS
DES-HUMANOS
(estágios 7, 6, 5, 4, 3, 2 e 1, sendo o oitavo o civilizatório)
·
Recuo
à racionalidade (é perdida a civilização);
·
Recuo
à irracionalidade hominídea (é perdida a racionalidade sapiens), à
hominalidade;
·
Recuo
à primatividade; e assim por diante, cada vez mais para trás.
Isso facilitará classificar os
estágios das disputas, melhor que aqueles critérios de Herman Khan de – digamos
- “não balance o barco”, etc. A que estágios desceram os vários conflitos
humanos, aquelas 14 mil guerras que os russos desocupados listaram? Como nos
comportamos sob pressão? A que estágios as pessoas mais insuspeitas descem sob
situações de extrema compressão? Como procedem as criaturas humanas quando
acossadas?
Não são “forças sobre-humanas” que
despontam, senão forças subumanas, capacidades muito profundas que assumem o
controle (ou descontrole) no caso de perigo de morte, de ameaça insuportável
nos níveis superiores de controle ou comunicação (ou falta dela, quando os
critérios lingüísticos são rompidos). Em que eventualidades? Isso pode ser
mapeado?
Vitória, sexta-feira, 09 de janeiro de
2004.
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