Entregando Pi
Já vimos que é
agudíssima a questão de Pi, mais a de lidar com a políticadministração de
distribuição de produtos no caso de a abertura dele ser realizável do que com o
conhecimento que permitirá abri-lo propriamente, porque se este diz respeito a
descobrir o caminho até a represa a outra importa em abrir as comportas e
inundar sem possibilidade de salvação o mundo que está embaixo.
Em que proporção as
partes deveriam ser entregues? Pode-se entregar a tecnociência das bombas
nucleares a países de terceiro, quarto e quinto mundos, que não amadureceram
para ver a tremenda dificuldade de criar os processobjetos de primeiro e
segundo mundo e estão dispostos a colocar tudo a perder no primeiro instante de
raiva? A quem atribuir os processobjetos ou programáquinas de Pi? É como a rede
genética ou bioma da Natureza Um, biológica/p.2, onde as coisas estão todas
mais ou menos entrelaçadas e se validam ou invalidam mutuamente – se um novo
material genético impróprio for produzido e introduzido ele não destruirá todos
os ambientes e com isso todos os entes? Igualmente com Pi, que é o ADRN de
Deus, sua Biblioteca – quando ele entrar no mundo racional não destroçará todas
as coisas menos perfeitas (que são todas, afinal)?
Por conseguinte, os
governempresas deverão estabelecer seletividade estrita, impedindo que as
pessoas e os ambientes de-cifrem Pi, ainda que Pi (3,141592...) só precise de
maquininhas (depois que a tecnociência ou matemática de abertura for exposta)
para gerar números e os P/O e P/M, inclusive desenhos. Programinhas “de nada”,
bobaginhas irão permitir construir máquinas em qualquer buraco do mundo, por
mais pobre que seja. Como coibir? No entanto, Pi precisa de mais medidas de
segurança que as mais extremas físicas/químicas e biológicas dos laboratórios
de genética. MUITO MAIS, incomparavelmente mais, porque, só para dar um
exemplo, na hora em que fosse aberto o laser portátil qualquer um conseguiria
fabricar arma leve, saindo por ai a destruir tudo.
Não é ficção, não, é
muito sério, mesmo. É a coisa mais séria com que a humanidade já deparou – de
longe. Nem sei o que aconselhar. Estou paralisado desde 1994, há quase 10 anos.
Vitória,
quinta-feira, 08 de janeiro de 2004.
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