sábado, 29 de abril de 2017


As Tarefas da Caverna

 

                            Durante anos defendi a participação dos homens nas tarefas da Casa geral, visando a igualdade, pois prezo demais as mulheres, mas o Modelo da Caverna mostrou que por dez milhões de anos hominídeos as mulheres realizaram as tarefas dentro e nos arredores das cavernas, o que as sapiens herdaram nos 100, 50 ou 35 mil anos mais recentes, verniz sábio sobre a estrutura hominídea.

                            Isso ainda se vê entre os índios.

                            Por um lado as mulheres adoecerão se não fizerem, por outro os homens adoecerão se fizerem. Como resolveremos essa questão dupla? O forçamento no sentido de os homens fazerem as tarefas do lar está afeminando a civilização ocidental, o que pode ter funestas conseqüências, especialmente para as mulheres, que se verão subtraídas da pressão firme dos homens. Como participar, como buscar essa igualdade tão desejada sem enfraquecer as bases da convivência sexual? Não sei ainda. O pensamento é tão recente para mim que não vislumbrei nenhuma solução.

                            A tentativa de buscar urgentemente a igualdade levou a essa falsa solução que coloca em risco toda a sexualidade, fazendo brotar os valores dos pseudomachos, impingindo-os aos machos, como temos visto, subtraindo aos guerreiros sua dignidade própria de machos, sobreafirmando a negatividade, a diminuição dos machos como valor. Será preciso fazer testes de campo QUÁDRUPLOS: 1) fêmeas realizando as tarefas; 2) não realizando; 3) machos não realizando; 4) machos realizando. Os psicólogos até podem acrescentar para refinamento as pseudofêmeas e os pseudomachos, desde que saibam fazer a identificação positiva. Um acordo entre as bases primatas de 100 milhões de anos, as hominídeas de 10 milhões e as sapiens que estão caminhando para o futuro deve ser obtido o quanto antes, para recompor o equilíbrio da civilização, que está em perigo, prosperando na TV e no Cinema geral os falsos valores dos sapatões e dos veados.

                            Vitória, quinta-feira, 15 de janeiro de 2004.

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