A
Misteriosa Arqueologia
No livro de Michel-Claude Touchard, A
Arqueologia Misteriosa, Coleção Esfinge, Lisboa, Edições 70, 1978
(sobre original de 1972) ele fala de coisas que julguei interessantes, seria
cansativo citar tudo, compre e leia.
CITANDO
PÁGINA.
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CITAÇÃO.
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COMENTÁRIO.
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32
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“(...) o meridiano da Grande Pirâmide é o
único com significado, pois atravessa o máximo de terra e o mínimo de mares.
Implica, por consequência, um conhecimento total do no nosso planeta...”.
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Será verdade? Em 2017 temos instrumentos
mais apurados, programáquinas avançados que podem funcionar sem favorecer
desejos humanos, para medir com muito maior exatidão as terras e os mares,
estabelecendo a proporção para verificar precisamente se os antigos teriam
tido MESMO esse tal conhecimento total do planeta.
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40
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“Os lados e as diagonais estão na relação
3, 4 e 5 (...)” em Crucuno, na França.
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Seria importantíssimo, se constatado com
apuro e com todo cuidado pelos arqueólogos-matemáticos, pois é a primeira das
triplas pitagóricas que formam triângulos com ângulo reto.
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72
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“Glozel [França] é a biblioteca dos homens
que não sabem ler nem escrever”.
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Que quer dizer isso? Biblioteca é coleção
de livros e se os homens da época não sabiam ler nem escrever, que serventia
teria? Quem trabalharia por inutilidades?
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Enfim, livros desse estilo estão recheados de
afirmações vagas (os autores franceses de divulgação rasteira adoram essas declarações
estapafúrdias, extravagantes), não verificadas pelo contraditório, nem
validadas pela tecnociência, apenas lançadas como aviões de papel ao sabor dos
ventos.
A arqueologia não é misteriosa, é atividade
técnica e de ciência MUITO BEM estabelecida, vigorosa, silenciosa, correta,
dedicada e por aí vai. Não se pode, a título de vender livros e jornais, afirmar
isso e aquilo sem verificação local e pelos pares, nem muito menos criar
sensacionalistas sítios explosivos na Internet.
É vergonhoso proceder assim.
Os tais “mistérios” não passam de
sobreposição excessiva e descuidada de elementos, de ocultação de alguns dados,
de subtração de informações, de coleta de entrevistas tendenciosas.
Por muitos motivos é interessante ler o
livro, até para rir.
Vitória, quinta-feira, 27 de abril de 2017.
GAVA.
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