quinta-feira, 27 de abril de 2017


A Misteriosa Arqueologia

 

No livro de Michel-Claude Touchard, A Arqueologia Misteriosa, Coleção Esfinge, Lisboa, Edições 70, 1978 (sobre original de 1972) ele fala de coisas que julguei interessantes, seria cansativo citar tudo, compre e leia. 

CITANDO

PÁGINA.
CITAÇÃO.
COMENTÁRIO.
32
“(...) o meridiano da Grande Pirâmide é o único com significado, pois atravessa o máximo de terra e o mínimo de mares. Implica, por consequência, um conhecimento total do no nosso planeta...”.
Será verdade? Em 2017 temos instrumentos mais apurados, programáquinas avançados que podem funcionar sem favorecer desejos humanos, para medir com muito maior exatidão as terras e os mares, estabelecendo a proporção para verificar precisamente se os antigos teriam tido MESMO esse tal conhecimento total do planeta.
40
“Os lados e as diagonais estão na relação 3, 4 e 5 (...)” em Crucuno, na França.
Seria importantíssimo, se constatado com apuro e com todo cuidado pelos arqueólogos-matemáticos, pois é a primeira das triplas pitagóricas que formam triângulos com ângulo reto.
72
“Glozel [França] é a biblioteca dos homens que não sabem ler nem escrever”.
Que quer dizer isso? Biblioteca é coleção de livros e se os homens da época não sabiam ler nem escrever, que serventia teria? Quem trabalharia por inutilidades?

Enfim, livros desse estilo estão recheados de afirmações vagas (os autores franceses de divulgação rasteira adoram essas declarações estapafúrdias, extravagantes), não verificadas pelo contraditório, nem validadas pela tecnociência, apenas lançadas como aviões de papel ao sabor dos ventos.

A arqueologia não é misteriosa, é atividade técnica e de ciência MUITO BEM estabelecida, vigorosa, silenciosa, correta, dedicada e por aí vai. Não se pode, a título de vender livros e jornais, afirmar isso e aquilo sem verificação local e pelos pares, nem muito menos criar sensacionalistas sítios explosivos na Internet.

É vergonhoso proceder assim.

Os tais “mistérios” não passam de sobreposição excessiva e descuidada de elementos, de ocultação de alguns dados, de subtração de informações, de coleta de entrevistas tendenciosas.

Por muitos motivos é interessante ler o livro, até para rir.

Vitória, quinta-feira, 27 de abril de 2017.

GAVA.

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